quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

É o navio mais bonito do mundo e é português. Falamos do Navio Escola Sagres. Descubra a sua história.



O navio escola Sagres foi construído nos estaleiros da Blohm & Voss, em Hamburgo, em 1937, para desempenhar funções como navio-escola da Marinha Alemã — onde era chamado Albert Leo Schlageter — juntamente com os seus semelhantes da classe Gorch Fock: o primeiro, que deu o nome à classe, o segundo, ex-Horst Wessel (actual USCGC Eagle), e o quarto, Mircea; houve ainda um quinto, o Herbert Norkus, destruído antes de ter sido terminado.





No final da II Guerra Mundial, foi capturado pelas forças dos Estados Unidos, sendo vendido à Marinha do Brasil em 1948 por um valor simbólico de $5.000 dólares.

No Brasil foi baptizado de Guanabara, servindo como navio-escola até 1961, data em que foi adquirido por Portugal por 150.000 dólares para ser usado em substituição do Sagres II (ex-Rickmer Rickmers).



Muito se ficando a dever o êxito desta compra à acção empenhada do Dr. Pedro Teotónio Pereira, na altura Ministro da Presidência e um grande amante da vela. O navio recebeu o mesmo nome do antecessor, entrando ao serviço da Marinha Portuguesa em 8 de Fevereiro de 1962.








Por vezes o Sagres III é erradamente referido como “Sagres II”, em virtude do desconhecimento da existência do primeiro navio com este nome. Na realidade, o primeiro Sagres foi uma corveta de madeira, construída em 1858 em Inglaterra. Fundeada no rio Douro serviu como navio-escola para alunos marinheiros, entre 1882 e 1898.



Ao serviço da marinha portuguesa já deu três voltas ao mundo, a primeira em 1978/1979 e a segunda em 1983/1984. Das três viagens à volta do mundo, a última, em 2010, foi a mais longa, demorando 344 dias, durante os quais a Sagres passou por 31 portos e percorreu quase 73 mil quilómetros.






São Petersburgo (então Leninegrado), na Rússia, foi o porto visitado mais a norte do globo, em 1975, e Ushuaia, na Argentina, o porto visitado mais a sul, em 2010. No total, a Sagres tem 6267 dias passados em missão, o que equivale a 17 anos consecutivos fora de Lisboa, e 580.540 milhas percorridas, o que resulta em 26,8 voltas ao mundo.


Com a bandeira de Portugal, o NRP Sagres já foi alvo de diversas homenagens e alcançou inúmeros prémios. Em 2008 o Prémio Defesa Nacional e Ambiente,​ o esforço de redução do impacto ambiental da operação do navio levou a que lhe tenha sido atribuída a Bandeira Azul e o Boston Teapot Trophy em 2009​, ​e o Blue Flag Scheme da Sail Training International (STI) em 2010, tendo sido o primeiro grande veleiro do mundo a ser distinguido pela STI.



O Infante D. Henrique, figura de proa do NRP Sagres, terceiro filho de D. João I, foi o grande impulsionador dos descobrimentos portugueses. No início da expansão portuguesa em África, participou ao lado de seu pai na conquista de Ceuta, em 1415. Durante o período em que o Infante viveu, Portugal consolida a sua opção atlântica, já patente aquando da aliança com Inglaterra, estabelecida em 1373.


terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Castelo de Penela, reduto dos Templários. Um dos mais bonitos do país



A reconquista da região onde se encontra o Castelo de Penela, aos muçulmanos, é atribuída a Fernando Magno, por volta de 1064, havendo indicações de ter sido edificado em 1097, contrariando as hipóteses de existência de uma fortificação em Penela, no período da ocupação árabe, ou de existir, já anteriormente, um forte romano.

Parece certo todavia, que D. Afonso Henriques, reconquistou esta região depois de, em 1117, ter sido de novo ocupada pelos árabes, já que, em 1137, o rei atribui Carta de Foral ao castelo e seus domínios.


 

Penela foi residência do rei Afonso IV, que reinou até 1357, foi-lhe concedida a elevação a condado, em 1465, tendo como primeiro conde de Penela, D. Afonso Vasconcelos e Meneses.

Durante o terramoto de 1755 o castelo sofreu bastantes danos, nomeadamente com a queda da Torre de Menagem, mas apesar das reparações efectuadas no reinado de D. José, esta fortificação chegou ao século XX, bastante arruinada. Desde 1940 têm sido executadas obras de reconstrução e está classificada como Monumento Nacional.

O castelo foi construído sobre um maciço rochoso, aproveitando, no desenho das muralhas, parte da disposição natural dos penedos, no seu interior encontra-se a Igreja de São Miguel e podem também ser vista sepulturas cavadas na rocha.



 



Fonte https://aldeiasdoxisto.pt