sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Vem aí calor. Fevereiro começa com dias já com sabor a primavera.


Depois de um período em que imperou a instabilidade meteorológica, agora surge o tempo estável e as temperaturas altas, de até 23 ºC em vários pontos das regiões Centro e Sul, principalmente.

Ainda estamos a meio do inverno, mas os próximos dias terão já sabor a primavera. Fevereiro terá um arranque quente, apesar da chuva prevista para este sábado

Cabo de São Vicente....uma paisagem indescritível onde a terra com os seus rochedos corta o mar infinito




Situado no extremo sudoeste do País, em Sagres, foi outrora apelidado de “Promontório Sacro” pelo povo romano, dedicado ao Deus Saturno, onde se afirmava que este era um lugar dos Deuses, só visitável durante o dia pois à noite era propriedade divina.
Com uma paisagem indescritível onde a terra com os seus rochedos corta o mar infinito, o Cabo de São Vicente é imagem do sentimento descobridor Português, onde é mesmo possível observar a passagem dos navios que navegam entre o Mar Mediterrâneo e o norte da Europa. 






No antigo convento do cabo de S. Vicente, que foi na sua origem um convento franciscano, o Convento do Corvo, onde já os monges acenderiam fogueiras para avisos de fumo às embarcações, está hoje incorporado um Farol já com tecnologia do século XX, que substitui um outro do século XVI.










A Fortaleza do Cabo de São Vicente, construída no século XVI, com reedificações nos séculos XVII e XVIII, é um local com uma mística especial sendo que até os romanos já lhe chamavam de Lugum Cineticum: o lugar onde o sol era cem vezes maior que até fazia ferver o mar.
A Fortaleza do Cabo de São Vicente está classificada como Imóvel de Interesse Público.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

O chocolateiro português mais medalhado a nível mundial criou a primeira escultura em tamanho real de Cristiano Ronaldo, uma peça com 1,87 metros e 120 quilos.





 
O chocolateiro português mais medalhado a nível mundial, Jorge Cardoso, criou aquela que é a primeira escultura em tamanho real do futebolista internacional português Cristiano Ronaldo, uma peça com 1,87 metros e 120 quilos.

Jorge Cardoso, natural de Ovar, vive na Suíça há 12 anos. Quando chegou, com 17 anos, formou-se em cozinha, pastelaria e padaria, mas foi no mundo do chocolate que encontrou a sua verdadeira paixão.

Hoje, é mestre chocolateiro numa casa de referência no mundo da pastelaria tradicional e confeção de chocolate na Suíça francesa.

Em 2018, o ovarense sagrou-se campeão do mundo em Escultura Artística em Chocolate, no "Culinary World Cup", no Luxemburgo.

Recentemente, o mestre chocolateiro lançou-se num desafio que, pelo que relatou à Lusa, não terá sido uma estreia. Jorge Cardoso decidiu criar a figura de Cristiano Ronaldo, em tamanho real, para homenagear o seu ídolo. 






A escultura do internacional português demorou cerca de dois meses a ser feita e, segundo o mestre chocolateiro, significou "muitas horas de trabalho e de organização".

"Esta escultura foi realizada fora das minhas horas de trabalho. É um projeto pessoal que queria muito realizar. Estudei tudo ao pormenor: o peso, o eixo e a altura. Tudo para que se tornasse o mais realista possível", disse.

O trabalho pesa cerca de 120 quilos, 1,87 metros de altura e consumiu a Jorge Cardoso cerca de 200 horas de trabalho.

"Escolhi elaborar a estátua do Cristiano Ronaldo porque, para além de ser português, sou fã dele. Se ele conseguiu chegar à posição onde se encontra hoje foi graças a todo o trabalho, esforço e dedicação, e nesse aspeto, revejo-me na história dele", comentou.

De acordo com o chocolateiro, o maior desafio na elaboração da peça foi a construção do rosto.

"O rosto exigiu muita minúcia, concentração e um grande estudo para conseguir o realismo que procurava", acrescentou.

A obra-prima está a poucos dias de ser concluída, segundo o chocolateiro, faltam apenas alguns pormenores, tais como os pormenores das chuteiras e os logotipos da seleção nacional portuguesa no equipamento.

"Optei por deixar a escultura na sua cor natural porque quis respeitar e privilegiar a matéria-prima: o chocolate. Quero mostrar às pessoas o que é possível fazer com o chocolate", afirmou.

A escultura será exibida em Giviziez, a partir do dia 5 de fevereiro, durante duas semanas, no cantão de Friburgo, numa das lojas da empresa para a qual trabalha, e seguirá rumo a Portugal a tempo de uma das celebrações mais emblemáticas da cidade de Ovar, o Carnaval de Ovar.





Fonte:daqui

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Atleta paralímpico mais medalhado do mundo é português


Lenine Cunha representou Portugal nos Jogos Paralímpicos de Verão de 2000 em Sydney, na Austrália, nas modalidades dos 100 metros e do salto em comprimento. Nos Jogos Paralímpicos de Verão de 2012 realizados em Londres, no Reino Unido, conquistou a medalha de bronze. Em 2009 e 2012, foi nomeado para os Prémios CDP, organizados pela Confederação do Desporto de Portugal, na categoria de Desportista Masculino do Ano.


Em 2015, conquistou a medalha de ouro no Campeonato do Mundo de Atletismo Paralímpico em Doa, no Catar, na modalidade do triplo salto. Em 2017, foi galardoado com a Medalha de Mérito Desportivo da União das Freguesias de Mafamude e Vilar do Paraíso, e com o prémio de melhor atleta mundial pela Federação Internacional para Atletas com Deficiência Intelectual.
 
 
foto:daqui

Viseu tem tudo o que um turista procura num destino: «pessoas amigáveis, ruas limpas, por do sol nas montanhas, vestígios romanos, uma incrível catedral e parques»


É imperdível visitar Viseu. Palco da Feira de São Mateus, dos Vinhos do Dão e de ruas repletas de História




Ocupada desde a época castreja, a história de Viseu está intimamente relacionada com a História de Portugal. Se a mítica figura de Viriato, o guerreiro que liderou as tribos lusitanas contra os romanos, deu à antiga cividade um papel de importância vital durante a romanização, também D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, estabeleceu uma estreita ligação entre com os primeiros anos da fundação da nacionalidade e esta nobre cidade da Beira Alta. Local de importância estratégica e comercial desde tempos ancestrais, muitos são os vestígios que a arqueologia, e por vezes o acaso, aqui vieram a revelar.






A catedral de Viseu é, aliás, um excelente ponto de partida para uma visita à cidade. No Adro da Sé, um dos principais locais de interesse do centro histórico, pode encontrar, para além da Sé e dos Museus, a Igreja da Misericórdia, o pelourinho e o Passeio dos Cónegos. Aqui não é raro deparar-se com o negro granito, característico da região, emoldurando em contraste as fachadas brancas de aspecto imaculado. Depois, siga até ao Rossio, onde pode descontraidamente usufruir dos espaços verdes, ou percorra os troços da muralha defensiva erguida por D. João I e concluída apenas no reinado de D. Afonso V, que ainda se erguem para além das Portas dos Cavaleiros e do Soar.


Serra do Caramulo



Após viver de perto a arte e a cultura da Beira Alta, há que dar ao corpo a merecida recompensa. Sair dos horizontes da cidade e descobrir, em pleno distrito de Viseu, o melhor que a natureza lhe pode oferecer na Serra do Caramulo. Enchendo os pulmões do mais puro ar enquanto perde o olhar numa paisagem imponente, ou tirando partido dos benefícios terapêuticos da água nas Termas de São Pedro do Sul, este é o lugar ideal para que o seu corpo e o seu espírito repousem com tranquilidade e deleite.






Fonte: Turismo do Centro

sábado, 25 de janeiro de 2020

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Neve chegou em força à Serra da Estrela



Já caiu neve com abundância nos pontos mais altos da Serra da Estrela, durante a madrugada de hoje.

“Se tudo correr como o agora previsto vai finalmente haver neve suficiente na Estância de Esqui durante vários dias ou até semanas”, adianta o meteorologista Vítor Baía.

Para boje a previsão aponta para durante a manhã “continuar a nevar mas com menos intensidade e a cota deve subir para os 1500 metros. A partir da tarde neva de forma regular e durante a noite com maior intensidade, a cota pode subir para os 1600 metros. A maior quantidade deve cair ao fim da tarde e no inicio da noite”.





Já em relação a amanhã, sexta-feira prevê que neve na madrugada e manhã mas quantidade deve ser pouca. A partir da tarde podem ocorrer aguaceiros esporádicos que serão de neve acima dos 1500 ou 1600 metros.

“Teremos uma situação de baixa pressão relativa na Península Ibérica que cria uma corrente de Leste. Normalmente esta situação meteorológica é generosa a deixar neve na Serra da Estrela, particularmente na vertente Leste”, refere ainda o especialista em previsões de alta montanha.

Nas montanhas do Norte de Portugal a “neve é menos provável pois a precipitação é mais frequente no Centro e no Sul”.






Foto: Pedro Pinto

Fonte: SkiSerraDaEstrela
Adaptado de: centrotv.pt

sábado, 18 de janeiro de 2020

Barcelos...Atravessando a antiga ponte sobre o Rio Cávado, entramos numa das localidades mais emblemáticas da arte popular minhota.


É uma cidade antiga, situada num local com vestígios arqueológicos desde a Pré-História, mas foi no séc. XII que sua história começou, primeiro quando D. Afonso Henriques lhe concedeu foral e a tornou vila e depois quando D. Dinis, em 1298, quis compensar o seu mordomo-mor João Afonso e o tornou conde, doando-lhe a povoação em título.

Em 1385, o Condestável Nuno Álvares Pereira tornou-se o 7º Conde de Barcelos. Entregaria a vila como dote no casamento da filha D. Beatriz com D. Afonso, bastardo do rei D. João I. Começou então uma época de grande desenvolvimento e dinâmica para Barcelos, revelado com a construção da ponte, a muralha (de que resta a Torre da Porta Nova), do Paço dos Duques e da Igreja Matriz. São estes monumentos que constituem hoje o centro histórico da cidade que mantém um agradável ambiente medieval pontuado por solares e casas históricas como o Solar dos Pinheiros ou a Casa do Condestável.

Um passeio a Barcelos não pode dispensar o antigo Largo da Feira, hoje Campo da República, onde se encontram as setecentistas Igrejas do Bom Jesus da Cruz, e da Nossa Senhora do Terço e onde se realiza a maior feira de artesanato do país, todas as quintas-feiras. Se perder a feira semanal, visite o Museu da Olaria e o Centro de Artesanato de Barcelos, onde tem uma boa perspectiva sobre a expressão artística minhota. De todas as peças aqui produzidas, o colorido Galo de Barcelos é o mais representativo, não esquecendo as bandas de música e as figuras retratando hábitos e costumes da região. 



Foto todos os direitos reservados:Joaquim Rios

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Depressão Glória atinge Portugal continental no domingo




A depressão, Glória, vai chegar no domingo a Portugal continental, onde é esperado o aumento da intensidade do vento, com rajadas que podem atingir os 110 quilómetros por hora nas terras altas, avisou hoje o IPMA.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Zoo de Lisboa vai ajudar animais afetados nos fogos da Austrália



“Ao longo dos últimos meses, a Austrália foi atingida por um conjunto de fogos devastadores. As projeções são alarmantes e indicam um elevado número de animais mortos e feridos”, diz o zoo. “Os incêndios no norte de Nova Gales do Sul, no Parque Nacional de Blue Mountains, uma área classificada como património mundial, e no Parque Nacional de Wollemi, traduzem-se em perdas incalculáveis de vida selvagem”, acrescenta o espaço em comunicado.

Lembrando que desde 1991 que participa no programa de conservação local de coalas com a Sociedade Zoológica de San Diego (EUA), o zoo de Lisboa garante que no decorrer desta catástrofe o seu apoio foi reforçado; e que o contacto permanente com o Dr. Bill Ellis e a Dra. Kellie Leigh, biólogos de campo financiados pelo programa, tem permitido aferir a dimensão da tragédia, assim como identificar as necessidades mais urgentes para o resgate dos animais.

Além deste apoio, entre janeiro e março vai disponibilizar mealheiros no interior do parque para que os visitantes possam também contribuir. O dinheiro recolhido irá reverter na íntegra para esta missão.

O estuário do rio Tejo é a maior zona húmida do país e uma das mais importantes da Europa. É caraterizada por uma extensa superfície de águas estuarinas e por uma avifauna riquíssima...um colírio para os olhos!


Reserva Natural do Estuário do Tejo


Áreas Protegidas Desde a nascente em Espanha, na Serra de Albarracin, até à foz perto de Lisboa, o Tejo percorre 1.100 kms, sendo o maior rio que atravessa Portugal.





O seu estuário frente à zona oriental de Lisboa apresenta uma tal vastidão que costuma ser chamado “Mar da Palha”. A área classificada como Reserva Natural, que se situa a norte de Alcochete, é a zona húmida mais extensa do país e uma das dez mais importantes da Europa. Este estatuto foi-lhe atribuído para proteção das aves aquáticas migratórias que aqui acorrem. Nas épocas de passagem, o Estuário chega a acolher mais de 120.000 aves de que se destacam os Alfaiates que fazem uma verdadeira concentração, já que se pode aqui encontrar mais de 20% da população da Europa ocidental.




Mas são os bandos de flamingos de plumagem rosa, que oferecem uma paisagem verdadeiramente deslumbrante. Parece-nos sempre impossível que sejam estas as aves que no verão se concentram nos sapais de Alcochete, tão perto de Lisboa, numa imagem que nos transporta para paragens distantes, muito mais a Sul.




A Reserva Natural do Tejo estende-se até Vila Franca de Xira, numa zona de lezírias onde se criam touros e cavalos para as touradas à portuguesa. Outras atividades tradicionais, hoje em declínio, deixaram vestígios da sua presença como as Salinas do Samouco e os Moinhos de Marés no Seixal, atualmente transformados em ecomuseus.

Poderá visitar a Reserva a pé, de bicicleta ou de carro, seguindo os percursos propostos. Se quiser ter uma perspetiva diferente, faça um passeio numa das embarcações típicas que antigamente cruzavam o Rio, transportando pessoas e bens, como as fragatas e os varinos.






Vai nascer uma nova “praia” junto ao Tejo - com piscina natural amiga do ambiente


Lisboa vai ganhar uma praia artificial com capacidade para 800 a 110 pessoas - será construída na bacia norte da marina do Parque das Nações. Trata-se de uma piscina natural e ecológica com 230 metros quadrados (m2), com água tratada do Rio Tejo, que ficará pronta para ir a banhos em 2022. 

O projeto inspira-se nas piscinas flutuantes de outras capitais europeias, como a Badeschiff no rio Spree, em Berlim, ou a La Villette, no Sena, em Paris. Ecológica porque esta piscina natural vai funcionar com água do Tejo com um pré-tratamento com gradagem, microfiltração e ultrafiltração por membranas


Foto meramente ilustrativa

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Rio em aldeia de Bragança congela depois de termómetros atingirem -7 graus Celsius


7 graus na aldeia de Gimonde, Bragança.


Na aldeia de Gimonde, no concelho de Bragança, registaram-se, ao início desta manhã, -7º Celsius, tendo o rio desta região ficado parcialmente congelado.

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Sobral Valado....Pampilhosa da Serra



Sobral Valado é uma aldeia da freguesia de Pampilhosa da Serra, no concelho do mesmo nome.


Situa-se quase no cimo de quatro colinas a 660 metros de altitude, viradas para o sul, numa localização maravilhosa do ponto de vista panorâmico. Cercada pelos montes do Moinho, o mais alto com 763 metros, dos Corvos, dos Lameiros e do Outeiro, o mais baixo, que entre si formam uma espécie de concha, que a abrigam das intempéries e é banhada pelo Sol desde manhã até à noite. Dista da Pampilhosa da Serra, cerca de seis quilómetros, fazendo parte da sua freguesia e à qual sempre esteve muito ligado. Nesta, chegou a ocupar o terceiro lugar em termos populacionais, depois da sede de concelho e de Carvalho.


Donde lhe veio o nome? Não é fácil desvendar o mistério. No entanto, sabendo-se que na aldeia e seus limites abundavam grandes e seculares exemplares de sobreiros, que bem ainda conhecemos e têm sido devorados pelos terríveis incêndios através dos tempos, restando alguns de menor porte e agora em desordenada expansão, somos levados a acreditar que a primeira palavra tenha derivado de sobreiro, sobreiral, sobral. O apelativo da valado pode ter origem na vala ainda existente a meio do cabeço dos Lameiros, chamado Rego Valado, que pelos antigos foi aberto para desvio das águas pluviais da povoação e das suas terras de cultivo.


Admitindo estas duas suposições, podemos concluir que inicialmente a aldeia teve o nome de Sobral Valado, terreno de sobreiros cercado por uma vala. Segundo parece, era frequente outrora existirem terrenos comuns aos moradores e que, por eles, eram valados para desvio das águas pluviais, terá sido o caso de Sobral Valado. A aldeia pode muito bem, ter sido uma herdade de sobreiros dada por aforamento perpétuo a algum ou alguns povoadores da região serrana. O que é certo é que a aldeia é muito antiga e já no século XIV se encontram documentos com a sua denominação actual.


História


Povoação muito antiga e outrora muito povoada, não é fácil fixar-se uma data para a sua origem, mas sabe-se que é das mais antigas do concelho de Pampilhosa da Serra, remontando pelo menos ao último século da época medieval. Consta-nos que no reinado da D. Afonso V, já existiam documentos com a denominação actual de Sobral Valado.



Dado a sua proximidade, Sobral Valado esteve sempre muito ligado à Pampilhosa da Serra, sempre tendo pertencido à sua freguesia. O prior da Pampilhosa, o seu coadjutor ou o capelão de Sobral Valado, que em 1819 era o padre José Gil, celebravam a missa dominical na antiga capelinha de São Lourenço, padroeiro da aldeia, hoje desaparecida, lindíssima que ela era. Em 1951, alguns naturais entenderam vendê-la para construção de uma residência particular. Já em 1949 se tinha construído uma nova igreja, ampla, arejada, em local mais vistoso e é hoje o orgulho e a menina dos olhos dos sobralvaladenses, no entanto, muitos afirmam que elas poderiam existir as duas, assim todos quisessem!


Em redor da aldeia existiam vários povoados, de pequenas dimensões populacionais, mas que dela faziam parte integrante. Refira-se o Carvalhal, onde viveu uma numerosa, honrada e trabalhadora família, considerada casa abastada para a sua época; o Feitoso de Praçais, onde viveu uma família que teve a sua origem em Sobral Valado e na Malhada do Rei; a Foz da Lameira, onde houve várias e fartas casas; a Foz do Vale; o Gavião de Baixo e o Sobral, onde viveram os lendários imaginários do Sobral, etc…


Todos estes povoados acabaram, uns por abandono dos seus habitantes, que procuraram melhores meios de subsistência e de localização e outros devorados pelos criminosos incêndios que ultimamente têm assolado a nossa região e as suas habitações, hoje, resumem-se a montões de ruínas e silvados altaneiros. A Ereira, única que ainda resiste, mas já não tem ninguém a habitá-la permanentemente. Alguns dos seus descendentes reconstruíram as casas dos seus antepassados e visitam-nas de quando em vez. Todos estes povoados faziam parte integrante de Sobral Valado, aonde as crianças vinham à escola e dominicalmente todos os habitantes à missa. Eram os naturais de Sobral Valado que lhes prestavam auxilio, quando dele necessitavam, nomeadamente no transporte dos seus mortos, para a Pampilhosa, a pau e corda, ao ombro de quatro homens, porque outro transporte não havia…



Foto: todos os direitos reservados Diamantino Gonçalves

Soito da Ruiva





Entre a Serra da Estrela e da Lousã, a uma altitude de 700 metros, podemos visitar a Aldeia de Soito da Ruiva. Localizada na Serra do Açor, esta aldeia pertence à freguesia de Pomares, concelho de Arganil, distrito de Coimbra.

A origem do nome da aldeia está relacionada com a história de uma família e dos seus castanheiros. Conta-se que “os seus donos tinham uma filha de cabelo ruivo com quem todos simpatizavam e quando iam apanhar as castanhas para o magusto, diziam que iam às castanhas ao Soito da Ruiva“.

Esta aldeia, originalmente com construções marcadamente de xisto, lousa e madeira, apresenta ainda hoje uma disposição e organização espacial característica das povoações de montanha, abrigada dos ventos e marcada por ruas estreitas.

Alguns dos termos usados caracteristicamente nesta localidade são aqui recordados, a par de algumas tradições, usos, costumes e festividades.

Também as iniciativas e actividades comunitárias são aqui recordadas, como a insatisfação dos habitantes com as vias de comunicação que, em 1920, se reuniram e construíram um novo caminho de ligação à freguesia, a “estrada”, sendo assim facilitado o transporte das mercadorias.

Em tempos nesta aldeia, que conta agora com apenas 19 habitantes, viviam cerca de 300 pessoas, divididos por cerca de 70 casas com famílias de 6 ou 7 pessoas.

A escola da aldeia actualmente sem nenhum aluno, apenas é construída em 1958. Até então as crianças de Soito da Ruiva tinham que se deslocar a pé para Sobral Magro, num percurso de cerca de meia hora.

Enquanto não houve escola apenas dois ou três homens que sabiam ler e escrever ensinavam as crianças.

As crianças quando atingiam os oito ou nove anos de idade iam guardar o gado. Outros, com essa idade, “iam «servir» para as casas dos lavradores mais abastados da região que possuíam grandes quintas e rebanhos de gado“. Com 15 ou 16 anos alguns migravam para Lisboa, na procura de um ofício, seguindo as pisadas dos seus pais.

“Sem estrada, sem energia eléctrica e sem telefone, o único contacto com o exterior era o correio que chegava e partia três dias por semana“. A Mercearia da aldeia, onde actualmente está a Sede da Comissão de Melhoramentos, era o ponto de encontro e o local de procura de notícias, era aqui que era feito o envio e a distribuição da correspondência.

A principal actividade e meio de subsistência de Soito da Ruiva era a agricultura, as culturas principais eram o milho, a batata, também produziam azeite e vinho. A pastorícia de caprinos e ovinos era uma das actividades principais, fornecendo-lhes a matéria-prima para fazerem o queijo. Este era o alimento mais produzido nesta aldeia como complemento e fonte de rendimento. As mulheres agrupavam-se e percorriam um caminho de 5 horas, com os cestos à cabeça, até às Minas da Panasqueira para vender a lã e os queijos, regressando a casa já de noite.

Perto de casa criavam coelhos e galinhas. Os ovos eram guardados nas arcas do milho para fazerem tigelada e pão-de-ló nas alturas festivas.

Criavam porcos, que compravam na Primavera, para matarem no final do ano, ficando com uma reserva de carne nas salgadeiras e enchidos no fumeiro. Por vezes vendiam os presuntos e alguns enchidos para arranjarem dinheiro para comprar o porco do ano seguinte.

A alimentação baseava-se principalmente em seis alimentos: feijão, castanhas piladas, sopa com abóbora, carolo, carne e enchidos salgados e fumados.

As estações do ano eram muito importantes, pois condicionavam os trabalhos agrícolas, e consequentemente a vivência em sociedade.


Foto: todos os direitos reservados a Diamantino Gonçalves

Ainda desconhecida por muitos, a praia do Pedrógão é um paraíso para descobrir.


O Município de Leiria lançou uma campanha para promover praia do Pedrógão, que deve o seu nome às grandes rochas escalvadas junto ao mar. A única praia do concelho tem um areal de 1400 metros, medicinal e rico em iodo, onde a bandeira azul assegura a máxima qualidade das águas.

Quem visita a praia de Pedrógão tem a oportunidade de assistir à pesca artesanal com a sua arte xávega - um método tradicional de pesca de arrasto. As tradições gastronómicas também continuam a ser cumpridas, o peixe fresco, acabado de pescar, amanhado e temperado por quem sabe, acompanhado pelos produtos das terras dos agricultores de Leiria pode ser saboreado na zona.

A praia do Pedrógão hasteia também, desde 2005, a bandeira "Praia Acessível" por reunir vários pressupostos, como ter fácil acesso pedonal, garantir o acesso de nível ao areal e zona balnear através de rampas, disponibilizar instalações sanitárias adaptadas e situadas em local de fácil acesso e vários outros que a tornam um praia acessível a pessoas com mobilidade condicionada.

O navio-escola fez-se ao mar iniciando uma viagem que reedita e celebra a circum-navegação de Fernão de Magalhães há 500 anos.






partida do navio-escola Sagres para a viagem de circum-navegação que repetirá a odisseia de Fernão de Magalhães, a primeira viagem de circum-navegação do mundo, iniciada em 1519, foi dada este domingo do Terminal de Cruzeiros de Santa Apolónia em Lisboa.



 Serão 371 dias a dar a volta ao mundo, com paragens em 22 portos, alguns deles com eventos muito especiais, como em Tóquio: no navio segue a bandeira que Portugal usará nos Jogos Olímpicos. No Chile, participará nas comemorações da Descoberta do Estreito de Magalhães.


“É a viagem maior em duração e em distância dos 82 anos de história do navio, e vai ter também a maior tirada da história do navio, que serão 32 dias a navegar, entre o Taiti e Punta Arenas”, destacava na apresentação da viagem o comandante do navio-escola, Maurício Camilo.

Ao longo da viagem, o navio-escola Sagres irá passar por 22 portos de 19 países diferentes, incluindo-se a participação nas comemorações da Descoberta do Estreito de Magalhães, em Punta Arenas (Chile).

A primeira paragem será em Tenerife, com chegada prevista a 10 de Janeiro, seguindo-se a cidade da Praia, em Cabo Verde, a 19, e, depois de três semanas a cruzar o Atlântico, chegará ao Rio de Janeiro. Mas a agenda inclui ainda Uruguai, Argentina, África do Sul, Moçambique, Maurícias, Singapura, Indonésia, Timor-Leste (onde estará a 10 de Junho), Filipinas, China, Japão (para a entrega da bandeira portuguesa à delegação de Portugal nos Jogos Olímpicos), EUA, Taiti, Chile, Perú, Colômbia e, por fim, Ponta Delgada e Lisboa – aos Açores deverá chegar a 30 de Dezembro e a Lisboa a 10 de Janeiro de 2021.



Fonte do texto:publico.pt











Este domingo, o navio-escola fez-se ao mar iniciando a viagem que reedita e celebra a circum-navegação de Fernão de Magalhães há 500 anos. Serão 371 dias a dar a volta ao mundo, com paragens em 22 portos, alguns deles com eventos muito especiais, como em Tóquio: no navio segue a bandeira que Portugal usará nos Jogos Olímpicos. No Chile, participará nas comemorações da Descoberta do Estreito de Magalhães.















Navio-escola Sagres faz circum-navegação pelos 500 anos da viagem de Fernão Magalhães


Vai ser longa a viagem, de mais de um ano. O navio-escola Sagres zarpou esta manhã, para percorrer a maior parte do caminho de Fernão Magalhães à volta do mundo.
Tal como há 500 anos, houve despedidas esta manhã, no cais de Santa Apolónia.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Histórica Livraria Lello está de parabéns! Completa hoje 114 anos



No dia 13 de janeiro de 1906 é inaugurado o edifício da Livraria Lello como hoje o conhecemos, moldado pela visão sumptuosa do engenheiro Francisco Xavier Esteves. A inauguração decorre num ambiente repleto de figuras políticas de relevo, vultos artísticos, destacados burgueses e comerciantes da cidade, entre os quais se destaca o escritor Guerra Junqueiro, o diretor de O Comércio, Bento Carqueja, o escritor Júlio Brandão e Aurélio Paz dos Reis, percursor do cinema em Portugal.
O crescente fluxo turístico ao longo dos últimos anos na cidade do Porto, e consequentemente, na Livraria Lello, obrigou a uma nova organização da visita ao edifício, com a introdução em 2015 do voucher descontável em livros. No entanto, esta nova organização não afastou a casa da sua verdadeira essência: uma livraria do mundo no Porto, aberta a todos os amantes de literatura.

Em 2016 e 2017, a Livraria Lello assumiu o desafio do intervir no edifício com a premissa de proteger o seu património, renovando o seu interior e restaurando a sua fachada e vitral.

domingo, 12 de janeiro de 2020

Quando o Douro encontra a Serra conhecemos Mêda


Por terras de Mêda encontram-se castelos e ruínas, casas brasonadas, pelourinhos, fragas e fontes com história, sendo que Marialva é o epicentro da distinção do concelho, uma vez que é uma das Aldeias Históricas de Portugal.


Em termos paisagísticos distinguem-se os panoramas que se podem contemplar dos miradouros de Santa Bárbara, na Coriscada, e de Paipenela, do Castelo de Marialva, da Barragem de Ranhados e da Torre do Relógio de Mêda.




 A Natureza em estado puro que envolve o concelho de Mêda, confere-lhe desde sempre uma áurea de magnificência que encantou gerações de povos e credos. Por estas paragens, entre montes de granito e vegetação espontânea, resplandecem três magníficos castelos, o de Ranhados, o de Longroiva e o de Marialva, este último com quatro torres. Testemunhos incontornáveis da importância histórica destas terras nas lutas e batalhas da Idade Média.


 Gente de trabalho, de festa e de mil ofícios, os habitantes de Meda e das belas aldeias circundantes perpetuaram nos séculos, antigos utensílios e deliciosos sabores artesanais da gastronomia beirã que não se esquecem de confeccionar em dias de romaria dos seus santos e padroeiros.



 Como chegar:


Trajecto de comboio e autocarro

O concelho de Mêda é servido por duas importantes vias ferroviárias: a partir da estação de S. Bento (Porto), a linha do Douro, através das estações de Freixo de Numão e Pocinho; e pela linha internacional da Beira Alta, através das estações de Celorico da Beira e Vila Franca das Naves.
Assinale-se, ainda, a rede de camionagem da Rede Expressos efetua paragens no concelho, com transportes regulares para todo o país.
  • Consultar aqui os horários de comboio para os destinos Pocinho; Vila Franca das Naves ou Celorico da Beira
  • Consultar aqui os horários dos autocarros (paragem no Rabaçal) da Rede Expressos e da Santos Viagens e Turismo

Trajecto de automóvel

Desde Coimbra  
IC2 até à confluência com o IP3. Tome este itinerário até Nelas e apanhe a A25 até Celorico da Beira. Prossiga pelo IP2 até Marialva e depois pela EN 324 até à Mêda.
Desde Guarda A25 até Celorico da Beira, prosseguindo pelo IP2 até Marialva e depois a EN 324 até à Mêda.
Desde Lisboa
A1 até à ligação com a A23. Entre na A23 e siga na direção da Guarda. Uma vez chegado à Guarda entre na A25 e siga até Celorico da Beira. Seguidamente, apanhe o IP2 até Marialva e a partir daí a EN 324 até à Mêda.
Desde PortoA1 até Albergaria, tome a A25 até Celorico da Beira. Seguidamente o IP2 até Marialva e depois a EN 324 até à Mêda.
Desde SalamancaA partir da fronteira de Vilar Formoso, tome a A25 até Celorico da Beira. Aí, apanhe o IP2 até Marialva e posteriormente a EN 324 até à Mêda.