David Stanley |
Há um jardim no Vale das Furnas há mais de duzentos anos. Do alto do
Miradouro do Pico do Ferro percebe-se que não é propriamente um vale. É
uma cratera, com 7 quilómetros de diâmetro, última memória de um vulcão
há muito inativo.
Embora inicialmente ignorado pelos primeiros povoadores, o Vale das Furnas começou a ser popular no final do séc. XVIII, devido ao crescente interesse no uso de águas minerais para o tratamento de doenças como o reumatismo e a obesidade. As Furnas possuíam centenas de pequenas nascentes e cursos de água, todas com diferentes propriedades. O Parque Terra Nostra estava no centro desta magnífica hidrópole.
Embora inicialmente ignorado pelos primeiros povoadores, o Vale das Furnas começou a ser popular no final do séc. XVIII, devido ao crescente interesse no uso de águas minerais para o tratamento de doenças como o reumatismo e a obesidade. As Furnas possuíam centenas de pequenas nascentes e cursos de água, todas com diferentes propriedades. O Parque Terra Nostra estava no centro desta magnífica hidrópole.
Tanque de Água Termal
História
O Tanque de Água Termal do Parque Terra Nostra é sem dúvida um
ex-líbris dos Açores. Construido em 1780, pelas mãos de Thomas Hickling,
o cônsul americano que idealizou o Parque Terra Nostra, o tanque
começou por fazer parte do conjunto denomidado por Yankee Hall, a casa
de férias de Hickling. Era então significativamente menor, mas era já
composto pela “ilha” ao centro, e possuia uma ponte que a ligava à
margem.
Só em 1935, com a recuperação do Parque, operada por Vasco Bensaude, o Tanque de Água termal seria aumentado, conhecendo aí a sua configuração final. Foi ainda guarnecido com cantaria permanecendo até aos nossos dias imutável, sofrendo apenas pequenas reparações de pormenor.
Só em 1935, com a recuperação do Parque, operada por Vasco Bensaude, o Tanque de Água termal seria aumentado, conhecendo aí a sua configuração final. Foi ainda guarnecido com cantaria permanecendo até aos nossos dias imutável, sofrendo apenas pequenas reparações de pormenor.
Propriedades
Sempre que alguém descreve a sua viagem aos Açores, surge
invariavelmente o banho no Parque Terra Nostra como um dos momentos mais
especiais. De facto, a nascente de água termal que alimenta o tanque, a
uma temperatura entre os 35 e 40 graus celsius proporciona uma sensação
de repouso e relaxamento como poucos sítios no Mundo.
A água, carregada de minerais essenciais, é uma das melhores formas de recuperar as energias e entrar em contato com a natureza mística que preenche o Parque Terra Nostra e o Vale das Furnas, e que marca todos os que os visitam, e que fazem questão de voltar ano após ano, procurando repetir a experiência única da imersão nas águas do Tanque Termal do Parque Terra Nostra.
A água, carregada de minerais essenciais, é uma das melhores formas de recuperar as energias e entrar em contato com a natureza mística que preenche o Parque Terra Nostra e o Vale das Furnas, e que marca todos os que os visitam, e que fazem questão de voltar ano após ano, procurando repetir a experiência única da imersão nas águas do Tanque Termal do Parque Terra Nostra.
Hugo Cadavez |
No Parque Terra Nostra, poderá encontrar flora
endémica dos Açores, mas também inúmeras plantas nativas de países com climas
completamente distintos do existente nas Furnas. Esta adaptação é possível, em
muito, graças à experiência de trabalho partilhada pela equipa de jardineiros
do Parque Terra Nostra que conseguem adaptar, da forma mais ecológica possível,
as condições existentes no Parque à realidade ocorrente nos países de onde as
plantas são oriundas, obtendo-se assim excelentes resultados.
Num parque bicentenário, encontram-se, ao longo dos vários percursos possíveis, plantas em fases de crescimento muito distintas. É possível observar: árvores centenárias dos géneros Metrosideros e Araucaria, e espécies liriodendron tulipifera, Sequoias sempervirens, Quercus robur, Taxodium ascendens, Taxodium distichum, Eucalyptus globulus, Ginkgo biloba, entre outras; inúmeras espécies de porte arbóreo como por exemplo, os fetos arbóreos, os rhododendrons, as magnólias e as cameleiras; e ainda os mais diversos arbustos e flores, nomeadamente as azáleas, as hydrangeas, as clívias, os jarros, da Família Araceae, e inúmeras outras espécies que contribuem com suas cores, formas e hábitos de crescimento, para que o parque seja um jardim agradável e aprazível de frequentar em qualquer altura do ano.
Nas últimas duas décadas, o parque tem vindo a enriquecer, ainda mais, o seu património botânico com a aquisição de novas espécies vegetais. Esta constante preocupação em diversificar para enriquecer a flora existente levou a que, atualmente, o parque possua grandes coleções e jardins com plantas de importante valor histórico e cultural. Estas coleções e jardins são, designadamente, a Coleção de Fetos (com cerca de 300 exemplares, de diferentes espécies, variedades e cultivares), a Coleção de Cycadales (com 85 exemplares, de diferentes espécies e subespécies), a Coleção de Camélias (com mais de 600 exemplares, de diferentes espécies e cultivares), o Jardim da Flora Endémica e Nativa dos Açores (onde estão reunidos alguns exemplares das principais plantas endémicas da ilha de São Miguel) e, por fim, o Jardim de Vireyas – Rhododendrons da Malásia, com exemplares em tons branco, laranja, rosa, salmão e vermelho.
Recentemente, em 2010, e para beneficiar uma área até então desaproveitada, foi construído ao lado do jardim das plantas endémicas e nativas dos Açores, um novo espaço com o intuito de receber a mais recente coleção do parque – a de Bromeliáceas (plantas da Família Bromeliaceae).
Esta coleção ainda se encontra em fase de experimentação. As plantas estão a ambientar-se às condições edafoclimáticas existentes. No entanto, o novo jardim já conta com cerca de 100 bromélias distintas, algumas delas dispostas sobre as magníficas raízes de algumas árvores existentes, conhecidas vulgarmente por “Til”, de nome científico Ocotea foentes.
Novos projetos continuam em desenvolvimento de modo a garantir a conservação deste ambiente único, nomeadamente a criação de um jardim de Bambus e a criação de um lago artificial, ao ar livre, que acolherá a Victoria cruziana Orb., uma planta aquática da Família Nymphaeaceae, originária do Norte da Argentina, Paraguai, Brasil e Bolívia.
Esta espécie de planta é um nenúfar gigante, que se torna original e fascinante graças à morfologia das suas folhas (fazem lembrar autênticas formas de tarte) que podem alcançar mais de 1 m de diâmetro. As suas flores adquirem várias tonalidades e formas durante o seu ciclo de vida, beleza rara e que sobrevive apenas 48h.
O Parque Terra Nostra, encerra hoje em dia, uma das mais notáveis coleções do mundo de camélias, com mais de 600 exemplares, de diferentes espécies e cultivares, e também, se não a maior coleção, certamente uma das maiores coleções da Europa de Cycadales.
Em 2010 já foi possível observar a Victoria cruziana no Parque Terra Nostra, que se tornou assim, um dos únicos jardins de Portugal a possuir esta planta ao ar livre.
A grandiosidade e beleza ímpar do Parque deve-se sobretudo à constante ação dinâmica da Família proprietária, nomeadamente nas pessoas de Patrícia e Joaquim Bensaude.
É, efetivamente, a enorme preocupação e ansejo em preservar a majestosa beleza do Parque que move esta Família em envidar recursos na perpetuação deste património na história duma ilha que acolhe no seu seio esta referência paisagística, ponto obrigatório no roteiro turístico dos Açores.
Num parque bicentenário, encontram-se, ao longo dos vários percursos possíveis, plantas em fases de crescimento muito distintas. É possível observar: árvores centenárias dos géneros Metrosideros e Araucaria, e espécies liriodendron tulipifera, Sequoias sempervirens, Quercus robur, Taxodium ascendens, Taxodium distichum, Eucalyptus globulus, Ginkgo biloba, entre outras; inúmeras espécies de porte arbóreo como por exemplo, os fetos arbóreos, os rhododendrons, as magnólias e as cameleiras; e ainda os mais diversos arbustos e flores, nomeadamente as azáleas, as hydrangeas, as clívias, os jarros, da Família Araceae, e inúmeras outras espécies que contribuem com suas cores, formas e hábitos de crescimento, para que o parque seja um jardim agradável e aprazível de frequentar em qualquer altura do ano.
Nas últimas duas décadas, o parque tem vindo a enriquecer, ainda mais, o seu património botânico com a aquisição de novas espécies vegetais. Esta constante preocupação em diversificar para enriquecer a flora existente levou a que, atualmente, o parque possua grandes coleções e jardins com plantas de importante valor histórico e cultural. Estas coleções e jardins são, designadamente, a Coleção de Fetos (com cerca de 300 exemplares, de diferentes espécies, variedades e cultivares), a Coleção de Cycadales (com 85 exemplares, de diferentes espécies e subespécies), a Coleção de Camélias (com mais de 600 exemplares, de diferentes espécies e cultivares), o Jardim da Flora Endémica e Nativa dos Açores (onde estão reunidos alguns exemplares das principais plantas endémicas da ilha de São Miguel) e, por fim, o Jardim de Vireyas – Rhododendrons da Malásia, com exemplares em tons branco, laranja, rosa, salmão e vermelho.
Recentemente, em 2010, e para beneficiar uma área até então desaproveitada, foi construído ao lado do jardim das plantas endémicas e nativas dos Açores, um novo espaço com o intuito de receber a mais recente coleção do parque – a de Bromeliáceas (plantas da Família Bromeliaceae).
Esta coleção ainda se encontra em fase de experimentação. As plantas estão a ambientar-se às condições edafoclimáticas existentes. No entanto, o novo jardim já conta com cerca de 100 bromélias distintas, algumas delas dispostas sobre as magníficas raízes de algumas árvores existentes, conhecidas vulgarmente por “Til”, de nome científico Ocotea foentes.
Novos projetos continuam em desenvolvimento de modo a garantir a conservação deste ambiente único, nomeadamente a criação de um jardim de Bambus e a criação de um lago artificial, ao ar livre, que acolherá a Victoria cruziana Orb., uma planta aquática da Família Nymphaeaceae, originária do Norte da Argentina, Paraguai, Brasil e Bolívia.
Esta espécie de planta é um nenúfar gigante, que se torna original e fascinante graças à morfologia das suas folhas (fazem lembrar autênticas formas de tarte) que podem alcançar mais de 1 m de diâmetro. As suas flores adquirem várias tonalidades e formas durante o seu ciclo de vida, beleza rara e que sobrevive apenas 48h.
O Parque Terra Nostra, encerra hoje em dia, uma das mais notáveis coleções do mundo de camélias, com mais de 600 exemplares, de diferentes espécies e cultivares, e também, se não a maior coleção, certamente uma das maiores coleções da Europa de Cycadales.
Em 2010 já foi possível observar a Victoria cruziana no Parque Terra Nostra, que se tornou assim, um dos únicos jardins de Portugal a possuir esta planta ao ar livre.
A grandiosidade e beleza ímpar do Parque deve-se sobretudo à constante ação dinâmica da Família proprietária, nomeadamente nas pessoas de Patrícia e Joaquim Bensaude.
É, efetivamente, a enorme preocupação e ansejo em preservar a majestosa beleza do Parque que move esta Família em envidar recursos na perpetuação deste património na história duma ilha que acolhe no seu seio esta referência paisagística, ponto obrigatório no roteiro turístico dos Açores.
putneymark |
Texto adaptado http://www.parqueterranostra.com/pt
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