Pedras Parideiras é o nome dado a um fenómeno de granitização, único no país e raríssimo no mundo inteiro. Para além de Portugal, apenas há conhecimento da existência deste fenómeno geológico numa zona próxima de São Petersburgo, na Rússia.
Esta “pedra-mãe”, que data de há mais de 280 milhões de anos, é um afloramento granítico onde estão incrustados pequenos nódulos em forma de discos biconvexos e que têm entre 2 e 12cm. Oscilações térmicas ou os efeitos da erosão fazem com que esses nódulos sejam libertados da rocha-mãe e se espalhem à sua volta, deixando marcado nela o seu vazio, em baixo-relevo. Estas pequenas “pedras-paridas” são compostas pelos mesmos elementos mineralógicos do granito, a camada externa é composta por biotite (mineral de aspecto escuro e brilho metálico) e a interna possui um núcleo de quartzo e feldspato potássico.
Nesta região portuguesa, as Pedras Parideiras simbolizam a fertilidade na tradição ancestral. As populações locais crêem que o colocar de uma das pequenas pedras-filhas debaixo da almofada de dormir, pode aumentar a fertilidade.
O fenómeno não está completamente explicado cientificamente e por isso levanta grande curiosidade e até crenças locais. Na Castanheira, a Casa das Pedras Parideiras – Centro de Interpretação, aberta ao público em 2012, faz a contextualização geológica e pedagógica do fenómeno, e organiza visitas ao local.
O Arouca Geopark é um território onde se chega e fica. Onde a descoberta começa com a viagem. Não muito longe de eixos viários como a A1 e a A32 (a oeste), a A4 (a norte), a A24 e a A25 (a sul), a uma hora de carro das cidades de Aveiro e do Porto, a cerca de uma hora e meia das cidades de Coimbra, Viseu e Braga, a praticamente duas horas das cidades da Guarda e de Vila Real, e a três horas de Lisboa, está um destino único, inesquecível, onde vai querer voltar para descobrir novas surpresas.
Depois de deixar as vias principais (autoestradas), as estradas nacionais EN225 e a EN326 são as melhores alternativas para chegar ao Arouca Geopark.
Sentido Norte/Sul
(A1)
Saída: Santa Maria da Feira/São João da Madeira/Vale de Cambra/Arouca
Depois de sair da A1, o tempo estimado de viagem até ao Arouca Geopark é de 40 minutos.
(A32)
Saída: Carregosa/Pindelo/Vale de Cambra/Arouca
Depois de sair da A32, o tempo estimado de viagem até ao Arouca Geopark é de 40 minutos.
Sentido Sul/Norte
(A1)
Saída: Estarreja/Oliveira de Azeméis/Vale de Cambra/Arouca
Depois de sair da A1, o tempo estimado de viagem até ao Arouca Geopark é de 45 minutos.
Sentido Este/Oeste
(A25)
Saída: Porto (A1) – Estarreja/Oliveira de Azeméis/Vale de Cambra/Arouca
Depois de sair da A25, o tempo estimado de viagem até ao Arouca Geopark é de 45 minutos.
(EN225)
Cinfães/Castro Daire/Castelo de Paiva
Dependendo do local de partida, o tempo estimado de viagem até ao Arouca Geopark pode variar entre 30 e 60 minutos.
Parabéns pelo V/ site! Sou portuguesa, cultura mediana e desconhecia completamente este "fenómeno". Obrigada.
ResponderEliminarNão sabia!...
ResponderEliminarBoa descrição/informação 👍
ResponderEliminarAdorava lá ter ido quando visitei os passadiços do Paiva, mas não houve tempo.
ResponderEliminarJá visitei.Tive a sorte de ver uma saltar.
ResponderEliminarAlém disso toda a paisagem é maravilhosa.
Estive lá em julho de 2017...lugar simplesmente maravilhoso e mágico.
ResponderEliminarTbm vi umas sairem da pedra mãe...fantástico.
Já tinha ouvido falar. mas desconhecia.
ResponderEliminarGostaria imenso de possuir uma dessas maravilhas da Natureza, sou um amante incontestado da mae natureza.
ResponderEliminarEstivemos tão perto e nunca soubemos dessa Maravilha da Natureza��Pretendemos visitar.
ResponderEliminarTambem gostava de ver e ter uma pedrinha da mâe pedra, adoro a natureza.
ResponderEliminarNa periferia do geosítio também existem as designadas pedras parideiras e as paridas espalhadas pelo chão.
EliminarEm S.Vicente da Beira,uma pequena vila entre C.Branco e fundão onde vivi até aos 11 anos,ouvi mais que uma vês aos velhos da terra,falarem em pedras parideiras.Será que há por lá um núcleo anónimo.?
ResponderEliminarJá lá estive lugar maravilhoso, vi as pedras fantásticas
ResponderEliminarConheço essas pedras, há mais de quarenta anos. Já visitei o local e possuo duas, que vieram de lá. É uma região tranquila e de lá, podemos observar um pôr do sol magnífico!
ResponderEliminarFaçam uma visita àquela região, que por vários motivos,vão adorar.
Elas "saltam"?
EliminarFora do ambiente normal o que acontece com a pedra? Por curiosidade pode responder? Obrigado.
Se trouxer um pedaço de rocha para casa (em tempos, era permitido, a minha filha fez isso num passeio escolar), a certa altura a pedrinha salta, igualmente.
EliminarTenho duas pedras dessas já há uns três anos. Nunca aconteceu nada.
EliminarConheço o local desde miúdo (8/9 anos). Nesse tempo, por volta de 1970, podia-se carregar um camião dessas pequenas pedras. Em muitas rochas graníticas enormes, via-se essas pequenas pedras arredondadas, quase a soltarem-se. Algumas saíam somente com o simples toque de um dedo.
ResponderEliminarHoje, as poucas que se vêem, estão expostas nas vitrinas da casa que ali foi construída para o efeito.
Quando as vias de acesso à Serra da Freita foram melhoradas, os visitantes passaram a levá-las às sacadas. Contra mim falo, tenho em casa uma, que apanhei nessa altura mas, realmente, as pessoas são capazes de destruir em muito pouco tempo, o que a natureza demora milhões de anos a construir.
Só de referir que a paisagem circundante é fabulosa. Por lá, em tempos idos, fiz grandes caminhadas, campismo e outras traquinices próprias da idade.
Continua para mim a ser lugar de referência para estar em contacto com a natureza. Pena os fogos constantes que assolam aquela região quase tofos os anos.
E depois as vendem. Mas não é pecado ter uma. Talvez lhe tenha trazido alguma "sorte" . Existem pessoas, sites e negócios em que atribuem significado aos cristais. Eu tenho algumas gemas por que acho o mundo mineral maravilhoso.
ResponderEliminarAgora que se sabe que é um Bem de interesse cultural, deixem as pedrinhas, especialmente se
ResponderEliminarnão estiverem dentro da zona protegida e se souberem de sítios novos informem isso às entidades culturais da localidade e região.
Muito obrigada pelo vosso site, já sabia destas pedras por ter visto uma reportagem na televisão e me interessar por coisas pouco comuns. Nao conheço a região mas gostaria de visitar.
ResponderEliminarEm S.Pedrodo Sul também há um afloramento de rocha de pedras parideiras...
ResponderEliminarEu moro numa aldeia perto deste fenómeno, em Manhouce, e só acho triste na maiir parte das vezes que se visita o local não se conseguir ver nenhuma "pedra-filha", pois os visitantes que têm a sorte de as encontrar levam-nas todas. Para além disso, já cheguei a ser abordado por uma senhora, provavelmente habitante da aldeia onde acontece este fenómeno geológico, a qual trazia consigo um saco plástico de asas quase meio de pedrinhas daquelas, afim de as vender aos turistas por 1 ou 2 euros cada... :-(
ResponderEliminarNOGOCIO TUDO SERVE
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