domingo, 28 de janeiro de 2018

Evoramonte – a História de Portugal num castelo





A pitoresca e deliciosa freguesia de Evoramonte (ou Évora Monte) está situada entre as formosíssimas cidades de Évora e Estremoz. Outrora de elevada importância geográfica e militar, esta vila alentejana, cujas muralhas ainda protegem os seus habitantes lá do topo, sente-se como um guerreiro ancião que pacientemente aguarda os visitantes com inúmeras histórias para lhes contar.


Evoramonte – a História


Claramente dividida em duas partes bem distintas, Evoramonte alia a atualidade que se vive na zona baixa à sua vila medieval situada no alto da Serra d’Ossa. Apesar da sua história remontar aos tempos pré-históricos, esta invulgar vila alentejana tem o seu primeiro momento notório durante o século XII.


Por volta da década de 1160, decorria a Reconquista de Portugal aos Mouros e a zona do Alentejo figurava-se como uma das mais difíceis para as tropas de D. Afonso Henriques. Foi exatamente nesta altura que Geraldo Geraldes, mais conhecido por Geraldo Sem Pavor (sim, aquele que daria nome à conhecida Praça do Giraldo), se ofereceu ao Rei para auxiliá-lo na retoma das terras alentejanas perdidas para os sarracenos.


Geraldo Sem Pavor, tal como o lendário Robin Hood, liderava, então, um grupo de salteadores e proscritos e foi a figura fundamental na conquista aos Mouros de Évora, Evoramonte e localidades vizinhas. A sua coragem e audácia sem limites tornaram-no numa lenda bem viva até aos dias de hoje, não só em Evoramonte, mas também em Évora e por todo o Alentejo.


Evoramonte teve o seu primeiro foral em 1248, renovado por El-Rei D. Afonso III em 1271. No entanto, as dificuldades em estabelecer uma população permanente e desejosa de lá viver pareciam manter-se. Assim, e com o intuito de fazer com que os habitantes de Evoramonte se sentissem protegidos e desejados, D. Dinis ordenou a fortificação da vila medieval em 1306. Embora a muralha tenha sofrido algumas alterações ao longo dos séculos, muito ainda se mantém do seu projeto original.









Na muralha que envolve a vila de Evoramonte pode conhecer as suas quatro portas dionisinas originais: a Porta do Freixo, com o seu arco gótico e ladeada por dois torreões cilíndricos, ostenta a inscrição que se refere ao início da construção da cerca; a Porta do Sol, semelhante à do Freixo, mas a oeste; a Porta de São Brás, voltada para a ermida com o mesmo nome e que ainda tem os seus munhões (encaixes para o eixo de um canhão); e a Porta de São Sebastião, que dá acesso direto à estrada que nos leva à Ermida de São Sebastião.


Ao subir a Serra d’Ossa, rumo à vila fortificada e ao castelo de Evoramonte, notará a forma dominante e imponente como a muralha se entrelaça com a encosta, formando um aglomerado militar bastante eficaz. O castelo em si, implantado num dos pontos mais altos da Serra d’Ossa, remonta também à Reconquista e a Geraldo Sem Pavor. Um feito arquitetónico distinto de tantos outros da sua época, o Paço fortificado é fruto da reconstrução do castelo original, após o terramoto de 1531.


Sob a orientação dos mestres Diogo e Francisco de Arruda e o patronato D. Jaime, duque de Bragança, o Paço, de inspiração italiana, é uma das gemas da arquitetura militar portuguesa. Ao chegar, verá, de imediato, os quatro torreões circulares dispostos num perímetro quadrangular. De alvenaria de pedra e cantaria de granito, será impossível não se sentir maravilhado com os extraordinários nós pétreos que se entrelaçam a meio das quatro faces do Paço. O estilo limpo e pouco adornado remete-nos para a sua função principal, a defesa da vila, com canhoeiras e frestas de tiro estrategicamente posicionadas. Por dentro, o Paço tem tetos em abóbada, assentes em pilares de cantaria.


Pouco a pouco, com o avançar dos tempos, a vila foi perdendo a sua importância militar e poder administrativo. Teve lugar de destaque na História de Portugal uma última vez, a 26 de maio de 1834, ao ser o local onde foi assinada a Convenção de Evoramonte, documento que colocaria fim à Guerra Civil Portuguesa (1828-1834). Travada entre os Liberais, apoiantes de D. Maria II, e os Miguelistas, defensores de D. Miguel I, esta guerra teria o seu fim em terras alentejanas bem perto de Évora. D. Miguel, ciente da sua derrota eminente, instala-se no concelho de Evoramonte com os seus conselheiros, onde acaba por assinar a sua capitulação e consequente abdicação do trono de Portugal.
Visitar Evoramonte


O apelo histórico e a beleza natural de Evoramonte mantêm, nos dias que correm, a força e fúria de outrora. Vila cujo caráter se forjou a ferro, sangue e fogo, reconstruindo-se a cada ataque sofrido, Evoramonte ostenta orgulhosamente as suas cicatrizes e fundações inabaláveis. Por isso, aproveite as tardes quentes do verão e venha ouvir as histórias que Evoramonte tem para lhe oferecer em sussurros de brisa fresca.









Na muralha que envolve a vila de Evoramonte pode conhecer as suas quatro portas dionisinas originais: a Porta do Freixo, com o seu arco gótico e ladeada por dois torreões cilíndricos, ostenta a inscrição que se refere ao início da construção da cerca; a Porta do Sol, semelhante à do Freixo, mas a oeste; a Porta de São Brás, voltada para a ermida com o mesmo nome e que ainda tem os seus munhões (encaixes para o eixo de um canhão); e a Porta de São Sebastião, que dá acesso direto à estrada que nos leva à Ermida de São Sebastião.


Ao subir a Serra d’Ossa, rumo à vila fortificada e ao castelo de Evoramonte, notará a forma dominante e imponente como a muralha se entrelaça com a encosta, formando um aglomerado militar bastante eficaz. O castelo em si, implantado num dos pontos mais altos da Serra d’Ossa, remonta também à Reconquista e a Geraldo Sem Pavor. Um feito arquitetónico distinto de tantos outros da sua época, o Paço fortificado é fruto da reconstrução do castelo original, após o terramoto de 1531.


Sob a orientação dos mestres Diogo e Francisco de Arruda e o patronato D. Jaime, duque de Bragança, o Paço, de inspiração italiana, é uma das gemas da arquitetura militar portuguesa. Ao chegar, verá, de imediato, os quatro torreões circulares dispostos num perímetro quadrangular. De alvenaria de pedra e cantaria de granito, será impossível não se sentir maravilhado com os extraordinários nós pétreos que se entrelaçam a meio das quatro faces do Paço. O estilo limpo e pouco adornado remete-nos para a sua função principal, a defesa da vila, com canhoeiras e frestas de tiro estrategicamente posicionadas. Por dentro, o Paço tem tetos em abóbada, assentes em pilares de cantaria.


Pouco a pouco, com o avançar dos tempos, a vila foi perdendo a sua importância militar e poder administrativo. Teve lugar de destaque na História de Portugal uma última vez, a 26 de maio de 1834, ao ser o local onde foi assinada a Convenção de Evoramonte, documento que colocaria fim à Guerra Civil Portuguesa (1828-1834). Travada entre os Liberais, apoiantes de D. Maria II, e os Miguelistas, defensores de D. Miguel I, esta guerra teria o seu fim em terras alentejanas bem perto de Évora. D. Miguel, ciente da sua derrota eminente, instala-se no concelho de Evoramonte com os seus conselheiros, onde acaba por assinar a sua capitulação e consequente abdicação do trono de Portugal.
Visitar Evoramonte


O apelo histórico e a beleza natural de Evoramonte mantêm, nos dias que correm, a força e fúria de outrora. Vila cujo caráter se forjou a ferro, sangue e fogo, reconstruindo-se a cada ataque sofrido, Evoramonte ostenta orgulhosamente as suas cicatrizes e fundações inabaláveis. Por isso, aproveite as tardes quentes do verão e venha ouvir as histórias que Evoramonte tem para lhe oferecer em sussurros de brisa fresca.

Da mesma forma que em outras vilas alentejanas como Marvão e Monsaraz, a Evoramonte do alto da colina praticamente parou no tempo. Chegar lá acima pode ser um desafio se for a pé mas essa vontade instala-se nos mais ousados quando se vê o castelo desde a estrada, para quem vem de Évora ou de Estremoz.


Se decidir subir de carro, deixe-o fora das muralhas na Porta de São Sebastião para poder entrar na vila como o fizeram os portugueses ao longo da maioria dos séculos. A vila é pequena mas bonita e singular. O seu tamanho é um bom motivo para percorrer todas as ruas e recantos com atenção aos pormenores. Eles surgem por todo o lado em Evoramonte, seja um ornamento, uma porta ou janela claramente alentejanas, uma inscrição na parede, um pachorrento gato a descansar num lugar estratégico,…


Por onde quer que caminhe em Évora Monte vai encontrar simples casas brancas tradicionalmente pintadas com cal branca e, muitas vezes, com os coloridos rodapés, contornos de portas, janelas e frisos amarelos ou azuis típicos do Alentejo.


Ao percorrer a pé toda a zona entre muralhas de Évora Monte pode ver a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição (bem perto do Cemitério dos Combatentes). Na Rua da Misericórdia, mais ampla e onde está o acesso às cisternas, alguns bancos convidam ao descanso. E perto das muralhas, aqui como em qualquer zona da vila, o horizonte longínquo recorda-nos o porquê da construção do castelo defensivo neste lugar. Mais à frente está a pequena Igreja da Misericórdia e o adjacente Hospital da Misericórdia. Mas o óbvio destaque em Évora Monte é a Torre, o Paço Ducal, no ponto mais alto da colina. Vale bem a pena caminhar à volta e mesmo entrar.


Na rua principal da vila, a Rua de Santa Maria, fica o lugar de onde vai poder levar a sua recordação de Évora Monte (para além das fotografias, claro). Chama-se Celeiro Comum e remonta a 1642, quando foi fundado a pedido dos evoramontenses por alvará de D. João IV para que houvesse reservas de cereais. Hoje em dia, acomoda uma loja de artesanato de extremo bom gosto.







Dia(s) de Encerramento: Segundas, Terças (de manhã), Feriados Estado de conservação: Médio. Horário de visita: De quarta a domingo, das 10:00 às 13:00 e das 14:00 às 17:00Terça, das 14:00 às 17:00

Código Postal: 7100 ÉVORA MONTE Tel: 268950025 E-mail: info@cultura-alentejo.pt Site: www.culturaonline.pt/MuseusMonumentos/Monumentos/Pages/Castelo_Evoramonte.aspx Distrito: Évora Concelho: Estremoz Freguesia: Évora Monte (Santa Maria)

N 38º 46' 16,98'' ,W 7º 42' 57,24''


Texto adaptado http://www.visitevora.net

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Passadiço do Alvor (Algarve)







O passadiço pedonal de Alvor é o maior da região do Algarve e um dos maiores do país com seis quilómetros, ligando a praia dos Três Irmãos à Ria de Alvor em toda a frente de mar.


Estendido ao longo do cordão dunar, esta estrutura veio evitar o pisar das dunas e facilitar a passagem para o areal.

Pela sua localização, beneficia de toda a vitalidade do oceano e ainda da beleza e riqueza natural da Ria, o que o torna num dos mais procurados para caminhadas ao longo de todo o ano, sempre com acesso privilegiado ao areal, um belo mergulho no mar pode fazer parte da caminhada.

























Passadiço do Alamal






Localizado no Rio Tejo, e integrado no percurso PR1 - Arribas do Tejo fica localizado o passadiço do Alamal, estrutura em madeira que liga a Praia Fluvial do Alamal à ponte que atravessa o rio de Gavião para Belver.

São 1800 metros de paisagens naturais deslumbrantes, sempre com Belver e o seu Castelo como companheiros.

O PR1 - Arribas do Tejo é um percurso de 15 km, com inicio e fim na Praia Fluvial do Alamal.

Este percurso liga a Praia do Alamal à ponte sobre o rio Tejo, passando por Belver, descendo a margem direita do rio até à barragem de Belver, subindo depois a margem esquerda de regresso à praia do Alamal.

De entre os atrativos deste percurso salienta-se o Passadiço do Alamal, o caminho da Fonte Velha, a ponte suspensa, a anta do Penedo Gordo, o miradouro do Pintalgaio, a travessia da barragem, e os miradouros ao longo da subida pela margem esquerda do rio.

Tipo de percurso: Circular, de pequena rota

Distancia: 15 km

Duração: 4 a 5 horas

Nivel de dificuldade: Médio

Epoca aconselhada: Todo o ano



















Fonte: Todos os direitos reservados a: passadicodoalamal

Castelo de Juromenha



Juromenha não é só o castelo, mas a sua localização torna esse local num dos sítios mais espectaculares. O horizonte perde-se no próprio horizonte seja para o lado do nascente (Espanha) seja para poente. Ao rés do Guadiana, hoje o grande lago, ergueu-se em tempos um castelo cuja origem remonta ao tempo da ocupação romana. Olhar a paisagem a partir do castelo de Juromenha é sentir a liberdade mais próxima do seu estado de pureza. Ali estão água, a terra e céu a assinalar a pequenez e a grandeza do ser humano.
Sem se saber porquê, tantas são as desculpas dos vários organismos, o castelo está em ruínas. Tiraram-lhe tudo o que tinha valor, nomeadamente da igreja que se encontra a seu lado. É uma dor de alma. Quem lá vai sente revolta pelo estado de abandono e pela desolação que o ambiente gera.
Desde logo por se tratar de um monumento histórico de assinalável grandeza, testemunho dos choques das várias incursões e tentativas de conquista deste reino que encontrou no Guadiana uma fronteira natural a separar Portugal de Castela. Depois porque, como já referi, o sítio é de uma majestade natural. Os elementos estão ali, à mão do olhar. Agarramo-los e guardamo-los na alma para sempre.
"Domingos Lopes
Deputado da Assembleia Municipal do Alandroal"









Antecedentes



Dominando este ponto de travessia do rio Guadiana, a ocupação de seu sítio remonta a galo-celtas e a Romanos. Ocupada mais tarde quando da Invasão muçulmana da Península Ibérica, à época da Reconquista cristã da península manteve-se por dois séculos como posto-avançado de defesa da importante cidade de Badajoz, desde o século X em mãos do Califado de Córdoba.


O castelo medieval


A povoação e o seu castelo foram conquistados desde 1167 pelas tropas do rei D. Afonso Henriques (1112-1185), auxiliado pelas forças do lendário Geraldo Sem Pavor. Como recompensa, o soberano nomeou este último como alcaide do castelo. Povoação e castelo retornariam às mãos dos muçulmanos, sob o comando do califa Almançor, em 1191, para serem definitivamente conquistadas por forças portuguesas, sob o comando de D. Paio Peres Correia, em 1242.



Objeto de preocupação do rei D. Dinis (1279-1325), este lhe incrementou o povoamento, concedendo-lhe Carta de Foral em 1312 e lhe promoveu importantes reforços nas defesas. Passou, assim, a contar com muralhas de taipa revestidas em cantaria de granito e ardósia, às quais se adossavam 16 torres quadrangulares, dominadas por uma imponente Torre de Menagem que se alçava a 44 m de altura. O seu foral seria confirmado no reinado de D. João II (1481-1495), a 28 de Agosto de 1492, e a povoação e seu castelo encontram-se figurados (lado norte) por Duarte de Armas no seu Livro das Fortalezas (c. 1509).


A Praça-forte da Juromenha


Foi reforçado e ampliado à época da Guerra da Restauração da independência de Portugal, quando foi erguida a Fortaleza de Juromenha, com cuja história passa a se confundir. O conjunto da fortaleza encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público por Decreto publicado em 18 de Julho de 1957.



















Castelo de Juromenha


Alandroal (Concelho)

N 38º 44' 15,6'' ,W 7º 14' 22,11''

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Miradouro da Senhora do Monte - um lugar mágico com as mais belas vistas de Lisboa




O Miradouro da Senhora do Monte, localizado no bairro da Graça em Lisboa, oferece-nos sem sombra de dúvida uma das mais belas panorâmicas de Lisboa, sobretudo por ser um dos pontos mais altos da cidade e onde se pode apreciar também um pôr do sol de cortar a respiração.

No local está também a Ermida da Senhora do Monte, construída em 1796. Este balcão privilegiado sobre a cidade de Lisboa, oferece uma ampla e rica panorâmica de Lisboa: o Castelo de São Jorge, o Rio Tejo, a Baixa, a colina de São Roque com as ruínas do Convento Carmo, as zonas antigas e intimistas da Colina do Castelo e da Mouraria, a Lisboa das avenidas largas e dos edifícios de construção mais recente para Norte, os principais jardins, entre outras vistas. O espaço do miradouro é pontuado por exemplares como o cipreste, a oliveira e o pinheiro-manso, que proporcionam belas sombras.


























Horário

24h



Transportes

Autocarro: 734
Elétrico: 728


Localização

Rua da Senhora do Monte1170-358 LISBOA
Lisboa

Freguesia: São Vicente






Coordenadas:


38° 43' 8.37'' N

9° 7' 58.78'' W