Juromenha não é só o castelo, mas a sua localização torna esse local num dos sítios mais espectaculares. O horizonte perde-se no próprio horizonte seja para o lado do nascente (Espanha) seja para poente. Ao rés do Guadiana, hoje o grande lago, ergueu-se em tempos um castelo cuja origem remonta ao tempo da ocupação romana. Olhar a paisagem a partir do castelo de Juromenha é sentir a liberdade mais próxima do seu estado de pureza. Ali estão água, a terra e céu a assinalar a pequenez e a grandeza do ser humano.
Sem se saber porquê, tantas são as desculpas dos vários organismos, o castelo está em ruínas. Tiraram-lhe tudo o que tinha valor, nomeadamente da igreja que se encontra a seu lado. É uma dor de alma. Quem lá vai sente revolta pelo estado de abandono e pela desolação que o ambiente gera.
Desde logo por se tratar de um monumento histórico de assinalável grandeza, testemunho dos choques das várias incursões e tentativas de conquista deste reino que encontrou no Guadiana uma fronteira natural a separar Portugal de Castela. Depois porque, como já referi, o sítio é de uma majestade natural. Os elementos estão ali, à mão do olhar. Agarramo-los e guardamo-los na alma para sempre.
Sem se saber porquê, tantas são as desculpas dos vários organismos, o castelo está em ruínas. Tiraram-lhe tudo o que tinha valor, nomeadamente da igreja que se encontra a seu lado. É uma dor de alma. Quem lá vai sente revolta pelo estado de abandono e pela desolação que o ambiente gera.
Desde logo por se tratar de um monumento histórico de assinalável grandeza, testemunho dos choques das várias incursões e tentativas de conquista deste reino que encontrou no Guadiana uma fronteira natural a separar Portugal de Castela. Depois porque, como já referi, o sítio é de uma majestade natural. Os elementos estão ali, à mão do olhar. Agarramo-los e guardamo-los na alma para sempre.
"Domingos Lopes
Deputado da Assembleia Municipal do Alandroal"
Deputado da Assembleia Municipal do Alandroal"
Antecedentes
Dominando este ponto de travessia do rio Guadiana, a ocupação de seu sítio remonta a galo-celtas e a Romanos. Ocupada mais tarde quando da Invasão muçulmana da Península Ibérica, à época da Reconquista cristã da península manteve-se por dois séculos como posto-avançado de defesa da importante cidade de Badajoz, desde o século X em mãos do Califado de Córdoba.
O castelo medieval
A povoação e o seu castelo foram conquistados desde 1167 pelas tropas do rei D. Afonso Henriques (1112-1185), auxiliado pelas forças do lendário Geraldo Sem Pavor. Como recompensa, o soberano nomeou este último como alcaide do castelo. Povoação e castelo retornariam às mãos dos muçulmanos, sob o comando do califa Almançor, em 1191, para serem definitivamente conquistadas por forças portuguesas, sob o comando de D. Paio Peres Correia, em 1242.
Objeto de preocupação do rei D. Dinis (1279-1325), este lhe incrementou o povoamento, concedendo-lhe Carta de Foral em 1312 e lhe promoveu importantes reforços nas defesas. Passou, assim, a contar com muralhas de taipa revestidas em cantaria de granito e ardósia, às quais se adossavam 16 torres quadrangulares, dominadas por uma imponente Torre de Menagem que se alçava a 44 m de altura. O seu foral seria confirmado no reinado de D. João II (1481-1495), a 28 de Agosto de 1492, e a povoação e seu castelo encontram-se figurados (lado norte) por Duarte de Armas no seu Livro das Fortalezas (c. 1509).
A Praça-forte da Juromenha
Foi reforçado e ampliado à época da Guerra da Restauração da independência de Portugal, quando foi erguida a Fortaleza de Juromenha, com cuja história passa a se confundir. O conjunto da fortaleza encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público por Decreto publicado em 18 de Julho de 1957.
Castelo de Juromenha
Alandroal (Concelho)
N 38º 44' 15,6'' ,W 7º 14' 22,11''
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