O Corvo é a ilha portuguesa mais remota e certamente dos lugares mais isolados da Europa. É uma pequena joia na coroa açoriana, Reserva da Biosfera da Unesco – o remanescente dum vulcão confinado por um mar que, em certas alturas, é selvagem.
O vulcão extinto, no norte da ilha, deixou-nos como recordação a imponente caldeira (Lagoa do Caldeirão) que é a maior atração da mais pequena ilha dos Açores – com uma área de 17,13 km².
Com clima temperado, no verão húmido e chuvoso no inverno (temperaturas variam entre os 14 e os 25 graus) – o verão é a melhor altura para visitar a ilha. Se ficar somente um dia consegue ver os principais pontos de interesse, mas precisa dum par de dias para conhecer o tesouro da ilha, pois, este reside na sua gente – no Corvo somos sempre bem recebidos.
A ilha foi descoberta por Diogo de Teive (1452), capitão de caravela e Cavaleiro do Infante Dom Henrique. Os primeiros corvinos não tiveram uma existência fácil – a pequena comunidade defende-se, como pode, de piratas otomanos e quando Portugal foi anexado a Espanha (União Ibérica nos fins do século XVI), alia-se com piratas e corsários inimigos da coroa espanhola.
Quer chegue de avião ou de barco, a sua aventura começa sempre perto do centro do único povoado da ilha, Vila do Corvo – a mais pequena freguesia, vila e concelho de Portugal.
Vila do Corvo
Se veio por 1 dia, a Vila do Corvo merece uma ou duas horas vagueando na parte antiga, apreciando os seus detalhes, antes de se deslocar à Lagoa do Caldeirão no norte da ilha.
Para aqueles com mais tempo, existem várias caminhadas e passeios marítimos – mas o grande prazer do Corvo é libertar-se do stress e absorver a atmosfera, de sossego e reflexão.
Autor da fotografia: Luís Filipe Pimentel
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