domingo, 6 de outubro de 2019

O Cão do Barrocal Algarvio é a 11ª raça certificada em Portugal





É chamado de cão felpudo e cão abandeirado pelos seus conterrâneos algarvios. Tem aparência esguia e atlética dos galgos egípcios dos quais se acredita ter origens, mas há também semelhanças com o Podengo português e os Border Collies, raça inglesa de cães pastores. Podemos juntar estas três raças e temos a imagem do Barrocal Algarvio: focinho alongado, orelhas pontiagudas, cauda em formato de caracol, o pelo comprido, em particular nas patas, cauda e base das orelhas e figura esguia e ágil, podendo chegar aos 58 centímetros e pesar até 25 quilos.

Durante muitos anos, este cão foi utilizado para a caça menor – são rápidos, agressivos, trabalhadores incansáveis, resistentes às adversidades, enérgicos e territoriais. Hoje em dia, começam-se a ver alguns nas matilhas de caça maior, mais na zona Sul do País.

Segundo conta a Visão, tal como o Rafeiro do Alentejo ou o Cão de Gado Transmontano, houve uma época menos boa para o Cão do Barrocal Algarvio: os anos 60. Com a introdução em Portugal de raças de cães de parar, os números de exemplares de Barrocal diminuíram muito. Nos anos 50 contabilizavam-se 3500, e nos anos 60 apenas cerca de 30 Barrocais contabilizados.

Houve um trabalho muito importante, e que merece ser destacado, da Associação de Criadores do Cão do Barrocal Algarvio (ACCBA) que moveu esforços para impedir que esta raça desaparecesse.

Depois de quinze anos de recuperação, apuramento genético e divulgação, a ACCBA conseguiu juntar o Clube Português de Canicultura (CPC) para esta causa. Hoje, o Cão do Barrocal Algarvio está prestes a tornar-se a 11ª raça portuguesa certificada e aguarda apenas o aval da Direção Geral de Alimentação e Veterinária para que o seu estatuto se torne oficial.




Fonte: Visão

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