quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Montemor-o-Novo fez o maior talego do mundo




Um imponente talego "O maior do mundo" foi feito por mais de 60 Alentejanas, tem 10 m de comprimento e 8 m de largura, tendo sido utilizados mais de 160 m2 de tecido e 11 000 m de linha.

Para o erguer foi necessária uma grua.

O termo "talego" pode parecer estranho a quem não conhece a cultura Alentejana, O talego é uma espécie de bolsa, ou saco, feito de retalhos de tecido cosidos uns aos outros. Têm diversos tamanhos consoante o fim a que se destinam. Antigamente os mais pequenos serviam para guardar e levar o pão e os condutos  (queijo/chouriço) para a merenda no trabalho do campo, os maiores podiam guardar o pão da cozedura semanal, cereais, etc...

Com a vulgarização dos sacos de plástico, este termo, até no Alentejo começou a cair em desuso, vindo novamente a estar na moda quando os sacos plásticos começaram a ser comercializados pelos supermercados.
Se bem que só as senhoras mais idosas até agora sabiam fazer talegos começa a surgir cada vez mais o interesse da geração mais nova para aprender esta arte.

O maior Talego do Mundo foi feito em São Cristovão - Montemor-o-Novo e contou com a participação de mais de 60 pessoas que abraçaram o  desafio para a concretização desta obra, que representou a terra, as tradições e o espírito comunitário, e que ao mesmo tempo pretendeu chamar a atenção para a reciclagem e a reutilização de materiais.


Fonte da foto: daqui

Sabe qual é um dos mais importantes santuários Marianos de Trás-os-Montes?




Fica situado a cerca de 760 metros de altitude e costuma-se dizer que todos os caminhos de Trás-os-Montes vão dar a este Santuário.


Santuário da Nossa Senhora da Assunção em Vila Flor



É o maior e o mais importante santuário Mariano de Trás-os-Montes onde se realiza, todos os anos, a maior Romaria da Região, cujo expoente máximo ocorre dia 15 de Agosto, com a procissão. Acompanhada por bandas de música, várias centenas de peregrinos e milhares de visitantes, o andor de Nossa Senhora da Assunção, carregado por cerca de 50 pessoas e acompanhado por figuras bíblicas, vai desde a aldeia de Vilas Boas até ao Santuário, numa distância de 2 km. Para além do carácter religioso, tem lugar neste Santuário que também é Miradouro, concertos musicais, fanfarras e arruadas e os tradicionais postos de venda de bebidas e petiscos
.



 Fonte:cm-vilaflor


 

Lenda da Senhora da Assunção



[A capela da Senhora da Assunção, em Vilas Boas] foi um templo muito humilde na sua origem e pelo meio do século XVII caiu em tal abandono que os gados “n’ella sesteavam”, mas um facto muito extraordinário a salvou do olvido.

Em 4 de setembro de 1673, uma menina de Vilas Boas, por nome Maria, de 10 anos de idade, filha de Jacome Trigo, estando a lavar em um ribeiro contíguo à vila, apareceu-lhe uma mulher de surpreendente beleza que a chamou, lançou-lhe a bênção, levou-a a uma ribanceira próxima, da qual brotou no momento uma fonte de água, banhou-lhe a cabeça, e lhe disse:

– Estás sã do mal que padecias, mas a sesão [sezão] que tiveste na Sexta-Feira te há-de repetir ainda hoje; vai pois para tua casa e depressa, para que te não dê no caminho.

Disse-lhe mais:

– Lembras-te de quando ias defronte da minha Casa, na Portela de Vale Formoso, e eu peguei em ti sem o saberes, livrando-te de perderes a vida em um despenhadeiro, indo em teu seguimento João Lopes e Affonso Trigo que te levou nos braços para casa? Eu sou a Virgem da Assunção. Vai e diz aos teus vizinhos que jejuem a primeira Sexta-Feira e concertem a minha casa, porque eu não cessarei de interceder por vós todos...

No dia 7 do mesmo mês, estando a menina com os seus pais em uma eira limpando um pouco de pão, a mesma Senhora lhe apareceu outra vez, sendo já sol-posto, e lhe disse que fosse à sua capela. Foi. A meio da ladeira do monte encontrou a Senhora; viu a capela com as portas fechadas e toda cheia de luzes, e a Senhora, tomando uma cruz de madeira que estava na encosta, deu-a à menina e disse-lhe:

– Vai à vila recomendar de novo a todos que não se esqueçam do jejum, e dá-lhe a beijar esta cruz.

Apenas chegou a casa dos seus pais, onde encontrou Bento Lopes e um moço chamado João, pediu-lhes que a acompanhassem, ao que eles anuíram, e, tomando duas velas acesas, percorreram a povoação com a menina, dando esta a beijar a cruz a todos e recomendando-lhes o jejum.

No dia seguinte, Sexta-Feira, 8 de setembro, dia da Natividade da Senhora, foi a menina repor a cruz no sítio de onde a havia trazido. A Senhora de novo lhe apareceu e lhe disse que todos os Sábados fosse vê-la à sua capela, o que a menina cumpriu.

Em breve se divulgaram estes factos e logo se avivou a fé com a Virgem da Assunção nos povos circunvizinhos até muitas léguas de distância, aumentando espantosamente de dia para dia a concorrência dos fiéis e as rendas do santuário com as ofertas em cumprimento de votos e em sinal de gratidão pelas curas maravilhosas que experimentavam os enfermos.

Fonte: LEAL, Pinho; “Portugal Antigo e Moderno”, Vol. 11; Lisboa, Livraria Editora de Mattos Moreira & Companhia, 1886, p.1403. PARAFITA, Alexandre; “Património Imaterial do Douro”, Vol. II; Âncora Editora, Fundação Museu do Douro; 1ª edição, 2010, pp. 280 a 282.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

A mais recente atração da Nazaré – as ondas gigantes!



A Nazaré é cada vez mais procurada por surfistas, fotógrafos e turistas de todo o mundo. Quanto aos turistas, seja para ver as surfadas ou apenas para ver a força incrível do mar, é sempre uma experiencia incrível, principalmente para os amantes da natureza ou do surf. É aqui que o Oceano Atlântico mostra toda a sua força! Um sítio único, devido ao gigante Canhão da Nazaré - gerador de ondas gigantes, dos maiores do mundo (e são poucos). Parece ser o melhor sítio do mundo para observar as ondas gigantes a tão poucos metros de distância. De certeza que vai adorar ver ao vivo as ondas gigantes da Nazaré.


Esta recente atração da Nazaré – as ondas gigantes – têm tanto de exclusivo como de incerto. Pois é, as ondas grandes não estão sempre lá, dependem das tempestades em alto mar que trazem as grandes ondulações.

Por excelência, a época de ondas grandes na Nazaré, é entre Outubro e Fevereiro (época de Inverno).

As previsões só antecipam no máximo uma semana, e quantos mais dias de distância menos certa é a previsão. Pode verificar as previsões aqui (/pt/Home/InfoSurfReport) . A ondulação tem de ser superior a 3 metros e período de onda maior que 13 segundos, e o vento um pouco offshore e de norte é bom.

Normalmente o Canhão da Nazaré - gerador de ondas gigantes amplifica muito o tamanho das ondas nas previsões, podendo gerar ondas de até 30 metros de altura!

Em Setembro e em Março também podem haver ondas grandes mas o pico do inverno é mais perto de Dezembro, com tempestades em alto mar mais rigorosas que podem gerar ondulações maiores.

As ondas gigantes ocorrem na Praia do Norte na Nazaré. O melhor local para observar é no sítio da Nazaré junto ao farol (Forte de São Miguel Arcanjo), do lado norte. Também pode descer para a areia na praia para ver outra perspetiva, através de caminho de terra, mas muito cuidado junto ao mar, é perigoso, esteja atento.












Todos os direitos reservados:

Foto1: Jorge Santos

 Foto2: Garrett Mcnamara
Texto:nazarewaves

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Igreja de São Roque - Lisboa




A Igreja de São Roque é uma igreja católica em Lisboa, dedicada a São Roque e mandada edificar no final do século XVI, com colaboração de Afonso Álvares e Bartolomeu Álvares. Pertenceu à Companhia de Jesus, sendo a sua primeira igreja em Portugal, e uma das primeiras igrejas jesuítas em todo o mundo. Foi a igreja principal da Companhia em Portugal durante mais de 200 anos, antes de os Jesuítas terem sido expulsos do país no século XVIII.

 A igreja de São Roque foi um dos raros edifícios em Lisboa a sobreviver ao Terramoto de 1755 relativamente incólume. Tanto a igreja como a residência auxiliar foram cedidas à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, para substituir os seus edifícios e igreja destruídos no sismo. Continua a fazer parte da Santa Casa hoje em dia.

Aquando da sua construção no século XVI, foi a primeira igreja jesuíta a ser desenhada no estilo "igreja-auditório", especificamente para pregação. Tem diversas capelas, sobretudo no estilo barroco do século XVII inicial, sendo a mais notável a de São João Baptista, do século XVIII, projecto inicial de Nicola Salvi e Luigi Vanvitelli, depois alterado com a intervenção do arquitecto-mor João Frederico Ludovice, como se pode verificar pela correspondência entre Ludovice e Vanvitelli, publicada por Sousa Viterbo e R. Vicente de Almeida em 1900. Ludovice enviou uma série de desenhos para Itália com as alterações impostas, uma vez que Vanvitelli se recusara a alterar o projecto inicial. 

Foi encomendada em Itália por D. João V em 1742. Chegou a Lisboa em 1747 e só ficou assente em 1749. É uma obra-prima da arte italiana, única no mundo, constituída por quadros de mosaico executados por Mattia Moretti, sobre cartões de Masucci, representando o Batismo de Cristo, o Pentecostes e a Anunciação. Suspenso da abóbada, de caixotões de jaspe moldurados de bronze, é de admirar um lampadário de excelente execução da ourivesaria italiana, enquadrado por um admirável conjunto de estátuas de mármore. Supõe-se que à época tenha sido a mais cara capela da Europa.

A fachada, simples e austera, segue os cânones impostos então pela igreja reformada. Em contraste, o interior é enriquecido por talha dourada, pinturas e azulejos e constituiu um importante museu de artes decorativas maneiristas e barrocas. Tem azulejos dos séculos XVI e XVII, assinados por Francisco de Matos.


O tecto, com pintura de interessante simbologia apresenta caixotões. A talha, maneirista e barroca, é rica e variada, com retábulos de altares e emoldura pinturas. Há mármores coloridos embrechados à italiana e um boa coleção de alfaias litúrgicas.
Ao lado do edifício, no Largo Trindade Coelho, está o Museu de Arte Sacra de São Roque, que tem compartimentos ligados com a igreja.




























Horário de Outubro a Março:

Segunda-feira das 14h00 às 18h00
Terça-feira a Domingo das 10h00 às 18h00
Encerrado: 1 de Janeiro, Domingo de Páscoa, 1 de Maio e 25 de Dezembro.
Horário de Abril a Setembro:
Segunda-feira das 14h00 às 19h00
Terça-feira e Quarta-feira das 10h00 às 19h00
Quinta-feira das 10h00 às 20h00
Sexta-feira a Domingo das 10h00 às 19h00
Encerrado: 1 de Janeiro, Domingo de Páscoa, 1 de Maio e 25 de Dezembro.

(Nota: Acesso à exposição até 30 minutos antes do encerramento do museu)

Bilhetes de entrada na exposição permanente:
Geral - 2,50 €
Detentores do cartão Lisbon Card e do cartão ACP - 1,00€
Portadores de Cartão Jovem - 1,00 €
Bilhete família numerosas (família com 3
ou mais filhos) - 5,00€
Bilhete anual - 25,00€

Entrada gratuita:
Domingos até às 14h00

Entrada gratuita mediante comprovação documental:
Crianças até aos 14 anos de idade
Maiores de 65 anos de idade
Membros do APOM/ICOM
Professores e estudantes de todos os níveis de ensino
Funcionários da SCML
Desempregados
Beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI)

Serviços:
Cafetaria
Loja
Bengaleiro
Visitas guiadas


Visitantes com mobilidade reduzida:
O museu está equipado com elevador, rampas de acesso e instalações sanitárias adaptadas

Regras de segurança e bem-estar:
É proibido fumar no interior do museu
Não é permitida a entrada de animais no interior do museu (exceto cães-guia)
Nas áreas de exposição não é permitido:
A entrada com bagagens de grande dimensão e/ou chapéus-de-chuva
A utilização de telemóveis Fotografar com flash e/ou com tripé
Tocar nas obras expostas
Comer e/ou beber

Existe sistema de videovigilância




Morada e Contactos:



Museu de São Roque
Largo Trindade Coelho

1200-470 Lisboa - Portugal



Tel. 213 235 065/ 449 (Apoio Administrativo)

Tel. 213 235 444 (Receção)

Tel. 213 235 382 (Loja)

Tel. 213 240 869 / 866 / 887 (Marcação de visitas guaidas - Serviço de Públicos e Desenvolvimento Cultural)
Fax. 21 323 54 01
E-mail: info@museu-saoroque.com
Site: www.museu-saoroque.com
Facebook: www.facebook.com/museudesaoroque




Transportes
Metro - Estação Baixa-Chiado (linha azul e linha verde)
Autocarros (Carris) - 758
Eléctricos (Carris) - 28 (Lg. Camões) e Elevador da Glória



Parques de estacionamento (pagos)
Rua da Misericórdia, Largo do Camões e Rua do Almirante Pessanha

Aldeia Alentejana ganhou um novo visual! O resultado é tão bonito que vale a pena olhar....olhar...olhar...


Esta aldeia alentejana ganhou um colorido diferente, foram pintadas nas paredes das suas habitações desenhos e frases resgatando memórias e afetos…

Ficou linda a aldeia de São Cristóvão!

 Pintar e desenhar fachadas de casas com cores e motivos escolhidos pelos habitantes de uma aldeia alentejana foi o desafio levado a cabo por Verónica Conte no âmbito do seu doutoramento em Design, realizado na Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa. Com o tema “A Cor na fachada arquitectónica residencial – identidade, cultura e participação pública”, o projecto tornou-se uma residência artística denominada “ViverCor – Corabitando”.

O objectivo passou por envolver a comunidade da aldeia de São Cristóvão, com o intuito de pintar sobre as barras das fachadas das casas, chaminés e em redor das portas e das janelas, desenhos e expressões locais. Depois de terminado o trabalho, percebe-se bem o que o simples facto de se envolver os habitantes numa acção destas conseguiu: alegria, orgulho e integração. Um excelente exemplo a ser replicado noutros locais do país, que tanta falta têm de cor e amor, nem que seja na forma de palavras.



Sabe-se que a cor pode influenciar muito o estado de espírito de uma pessoa. E quando é usada numa escala comunitária os efeitos podem ser ainda maiores. Foi isso que a arquitecta Verónica Conte fez na aldeia de São Cristóvão (Montemor-o-Novo), com a colaboração dos habitantes. O resultado é tão bonito que vale a pena olhar, olhar e olhar.



Vamos mais longe. Não venhas tarde.








...raízes para voltar, e motivos para ficar.

 



Se gostas sorri.








  Nas tuas mãos começa a liberdade.





Verdades, nelas podes meditar.






Ó vida de mil faces transbordante.








Tenho muito que te contar…










Amor, Amor, Amor.







O que mais há na terra é paisagem.





Os sobreiros morrem, os chaparros crescem.





Bom dia flor do dia.





O melhor do mundo...





 



Sê forte e vencerás.


 


O sonho comanda a vida.









Abensonhando.

 
Se puderes olhar, vê. Se podes ver, repara.






Bem-me-quer, Malmequer.




 
Mais longe… Cristóvão, mais longe.






 



Adoro o campo, as arvores, as flores, jarros e perpétuos amores. (monte)


 







“O ponto de partida para os desenhos são objectos pessoais importantes para os participantes quer seja pelo sentido estético quer pelas memórias ou afectos que evocam.”

Verónica Conte





 

“Nesta partilha onde o privado (às vezes intimo) é transposto para o espaço público, criamos para São Cristóvão imagens singulares, uma mensagem poética de conjunto, afirmamos identidades individuais e colectivas, fabricamos paisagem.”

Verónica Conte












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