sábado, 1 de dezembro de 2018

Pena - Abrigada junto aos Penedos de Góis, a Pena parece desafiar a imponência do escarpado que se eleva na outra margem.


Esta aldeia é o resultado perfeito da construção conjugando o xisto com o quartzito. Um castanheiro secular guarda a entrada da 
aldeia. 








As condições topográficas levaram a que a aldeia se desenvolvesse ao longo de um promontório, parecendo que o casario se encontra em desafio às leis do equilíbrio e à força da gravidade.

A aldeia de Pena retira da água cristalina da ribeira todos os proveitos. Ali ao lado, os Penedos de Góis são uma proposta de aventura para os mais ousados.








Uma única rua e várias pequenas quelhas, tecem a malha urbana de Pena. Os materiais de construção predominantes são o xisto e o quartzito. Algumas fachadas estão rebocadas e pintadas com cores tradicionais. Uma ou outra casa construídas na segunda metade do séc. XX não conseguem perturbar a harmonia arquitectónica da aldeia.

Todas as casas erigidas com blocos de xisto obedeceram a regras de construção de modo a se afirmarem resistentes às intempéries e ao passar do tempo. Dispostas em aglomerados, incluem dois pisos: o piso assobrado, ou primeiro andar, e o rés-do-chão, geralmente térreo, que deveria albergar o gado. Contudo, também desta regra surgiu a exceção e construíram-se nas imediações de cada povoação vários grupos de currais, ou cortes. Cada um ou mais destes edifícios era propriedade da respetiva casa da comunidade, consoante o património e poderio do proprietário, em cabeças de gado. O segundo piso funcionava também como loja, uma área de arrumos, onde estariam armazenados os cereais, a talha com o azeite, a salgadeira com a carne de porco, as alfaias agrícolas e, por vezes tinham ainda uma pequena adega com pipas e dornas de fazer o vinho.

Merecem destaque: 


Alminha
É o único elemento de vocação religiosa. Encontra-se no cimo da aldeia.


Moinho de água
Implantado sob a aldeia na margem esquerda da Ribeira da Pena (particular)


Alambique
Localizado na rua que atravessa a aldeia (particular);


Levada de água
Uma extensa levada de água desenvolve-se ao longo da margem esquerda da Ribeira da Pena.


Fontanário
No centro da aldeia, é tratado com todo o carinho pelos habitantes da aldeia.



Pena-Góis
Lat.: 40.1112
Long.: -8.13507


Como chegar: De Norte e de Sul
Na A1 sair em Coimbra. Tome a N17 e saia na N342 no sentido da Lousã. Continue em direcção a Góis até encontrar as placas indicativas (à direita) das quatro Aldeias do Xisto.

De Espanha (pela A25)
Na A23 sair em direcção a Fundão-Sul. No Fundão seguir pela N238 em direcção a Silavres. Siga em frente até ao Orvalho. Aí tome a direcção de Pampilhosa da Serra. Apanhe a N2 no sentido de Góis. Continue pela N342 até encontrar (à esquerda) as placas indicativas das quatro Aldeias do Xisto.



 Fonte: aldeiasdoxisto.pt
 Foto 1: Luis Gonçalves

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