Foi considerada uma das mais bonitas bibliotecas do mundo pela CNN e pela revista Travel+Leisure, tem estatuto de Património Mundial atribuído pela UNESCO e inspirou o filme da Disney "A Bela e o Monstro".
Dourados sumptuosos, madeiras exóticas, frescos e milhares de livros raros e antigos, ordenados em estantes até ao teto. Na Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra, respira-se a história do rei que governou o grande império português no século XVIII.
Ficamos mais próximos da sabedoria neste espaço invulgar onde repousam milhares de livros, alguns dos quais são exemplares únicos no mundo, como a primeira edição dos Lusíadas, a Bíblia Hebraica ou o primeiro de três volumes manuscritos do Antigo Testamento. A Biblioteca Joanina, antes chamada Casa da Livraria, começou a ser erguida em 1717, em pleno século das Luzes, a mando de D. João V (1689-1750), o rei português que privilegiava o conhecimento e que promoveu uma política cultural sem paralelo em todo o país.
No longo reinado de 43 anos, um dos maiores da história de Portugal, o monarca, que subira ao trono apenas com 17 anos, cultiva o gosto pelas artes, pela ciência e pela literatura. A educação que recebera da mãe, Maria Ana de Áustria, e dos professores jesuítas, aguçara nele a curiosidade e uma notável mestria diplomática que servirá para melhorar as relações externas e reafirmar o prestígio de uma nação que acabara de restaurar a independência após 60 anos de luta contra a dinastia dos Filipes.
Com os cofres do reino cheios do ouro proveniente das novas jazidas descobertas no Brasil, garantido pelo imposto “dos quintos”, o jovem monarca desenvolve ao mesmo tempo uma certa apetência pelo esplendor e pelo fausto: o seu ídolo é Luís XIV, o rei sol. Embora os excessos em Portugal não sejam comparáveis aos da corte francesa e o poder régio não seja totalmente inquestionável, o Absolutismo centraliza na figura do soberano ostentação e autoridade. D.João V é rico e governa um vasto Império que se estende por quatro dos cinco continentes.
A viver paz e prosperidade, o rei não fomenta tanto o crescimento da indústria ou do comércio que o fazia cada vez mais dependente de Inglaterra, mas procura sim acompanhar o movimento cultural renovador em marcha na Europa e, investe uma parte do ouro na ciência e no saber, inaugurando o tempo dos grandes empreendimentos com gastos a condizer. Por iniciativa régia fizeram-se obras emblemáticas como o Convento de Mafra, o Aqueduto das Águas Livres, a Real Academia de História, a Academia Cirúrgica Protótipo Lusitana e esta Biblioteca, obra-prima única do Barroco, construída pelos melhores mestres em pintura de frescos, douradores e entalhadores.
Trezentos anos depois, esta biblioteca é considerada a mais bela Biblioteca Universitária do mundo, com um espólio inestimável de valor incalculável. É visitada todos os anos por 200 mil pessoas, mais ainda depois da Universidade de Coimbra ter sido eleita Património da Humanidade pela UNESCO em 2013.
Horário Turismo UC
6 de Março a 29 de Outubro de 2017
Bilheteira: 8h45 às 19h00
Circuito Turístico: 9h00 às 19h30
Torre da Universidade: 10:30h às 19:00h (entre 3 de abril e 31 de outubro)
Observações: por razões de segurança é interdita a entrada em dias de mau tempo e a crianças menores de 6 anos;
30 de Outubro de 2017 a 5 de Março de 2018
Loja: 9h00 às 12h45 e das 13h45 às 16h30 | Circuito Turístico: 9h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00.
Biblioteca Joanina, últimas entradas: Manhã: 12:40h | Tarde: 16:40h.
Texto adaptado Daqui ,
Fantástico não conhecia, talvez um dia a visitarei.
ResponderEliminarUma verdadeira jóia|
ResponderEliminarSinto me envergonhada por nunca ter visitado esta biblioteca. Hei de ir com certeza!
ResponderEliminarVisitei! Achei linda mas me emocionei mais do que contemplei, porque Universidade em si e seu significado me anestesiaram...
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